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2876 I SÉRIE - NÚMERO 85

dade, serão as Câmaras do Porto e de Gaia, que conhecem as necessidades locais e o desenvolvimento urbanístico e as perspectivas de desenvolvimento de tráfego, que terão de decidir.
Tanto quanto sei, ë uma questão que ainda está em aberto, na medida em que, no mês passado, foram entregues os estudos de integração urbanística da própria ponte, mas julgo que os termos de referência para a realização do projecto ainda não estão feitos. Portanto, serão as Câmaras Municipais do Porto e de Gaia que terão de decidir se é necessária ou não a utilização do tabuleiro inferior.
Quanto aos meios financeiros, o que lhe posso dizer é que, neste momento, já sabemos qual é o valor global da proposta, varia entre 120 mil e 210 mil contos, mas, no entanto, ainda não se conhece toda a programação. Por, outro lado, o próprio concurso propõe que os concorrentes apresentem um esquema de financiamento.
Portanto, neste momento, acho que é um pouco prematuro falar na questão do financiamento, na medida em que não temos sequer um conhecimento das propostas.

O Sr. Presidente (João Amaral):- Estão inscritos os Srs. Deputados Manuel Moreira e José Saraiva.
Tem a palavra o Sr. Deputado Manuel Moreira, devendo utilizar apenas um minuto para fazer a pergunta.
Tem a palavra.

O Sr. Manuel Moreira (PSD): - Sr. Presidente, desde já, peço desculpa à Câmara pela forma apressada como há pouco coloquei as perguntas sobre estes dois grandes projectos da Área Metropolitana do Porto. Penso que eles, pela sua envergadura, necessitariam de mais tempo do que os três minutos para justificar as questões que coloquei e com certeza o Governo também precisaria de mais tempo para responder de uma forma cabal às minhas perguntas, porque realmente não o fez.
De facto, o metro ligeiro de superfície do Porto já teve várias versões, a primeira das quais contemplava a Avenida da Boavista e um troço de ligação entre a Rotunda da Boavista e as Devesas, em Vila Nova de Gaia. Não aceitamos que esse troço tenha sido abandonado, uma vez que está a nascer em Vila Nova de Gaia uma nova centralidade que no futuro vai ter 50 000 pessoas, pelo que esse troço se justifica plenamente, bem como a ligação a Gondomar.
Também não faz sentido - e isso é inaceitável - que a EXPONOR e o aeroporto Francisco Sá Carneiro fiquem sem uma extensão do metro, quando em Lisboa estão a ser feitas extensões para a Expo 98 e para a FIL. O Sr. Presidente da Câmara Municipal do Porto, que também é Presidente da Junta Metropolitana do Porto, disse que a não ida do metro desde já à EXPONOR e ao aeroporto Francisco Sá Carneiro se deve à falta de meios financeiros.
Penso que compete ao Governo, não só através do Orçamento do Estado mas também obter junto da União Europeia, os meios necessários, os fundos comunitários, para que o metro chegue, nesta primeira fase, à EXPONOR e ao aeroporto Francisco Sá Carneiro. Foi isso que solicitei.
Em relação à nova ponte rodoviária sobre o rio Douro, devo dizer que estranhei que já tivesse sido feita a apresentação pública da maquette e já tivesse sido dado o nome, sem primeiro ter havido um debate prévio no âmbito das Câmaras Municipais do Porto e de Vila Nova de Gaia. No que se refere ao seu financiamento, que é da ordem dos cinco milhões de contos, ainda não se sabe quais vão ser as fontes e as Câmaras Municipais do Porto e de Lisboa esperam que o financiamento também venha do Orçamento do Estado e dos fundos comunitários.
Daí a minha pergunta ao Sr. Secretário de Estado, que há pouco não respondeu, mas espero que desta vez o faça de forma mais cabal.

O Orador reviu.

O Sr. Presidente (João Amaral): - Muito obrigado, Sr. Deputado Manuel Moreira. Creio que agora as questões foram completamente claras.
Tem a palavra o Sr. Deputado José Saraiva, que dispõe de um minuto.

O Sr. José Saraiva (PS): - Sr. Presidente, não vou gastar um minuto, porque a ignorância do Sr. Deputado Manuel Moreira é, de facto, frustrante para quem está aqui e assiste a perguntas destas feitas desta forma ao Governo.
Pensava até, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que o Sr. Deputado Manuel Moreira iria trazer hoje à Câmara e ao Sr. Secretário de Estado dos Transportes aquela proposta megalómana que fez quando foi candidato à Câmara Municipal de Gaia no sentido de ser construído um metro «pendurado», digamos assim, no ar, um metro que passava por cima da Avenida da República, em Gaia. Foi a proposta mais megalómana que alguma vez alguém tez!
Sr. Deputado Manuel Moreira, o senhor teria sido esclarecido se tivesse a gentileza e a humildade de se dirigir ao ex-ministro Ferreira do Amaral, que, desde o início, acompanhou e apoiou este projecto - aliás, felicito 0 ex-ministro Ferreira do Amaral por sempre ter dado o seu apoio a este projecto. O senhor está a bater em si próprio e devo dizer que as respostas que o Sr. Secretário de Estado dos Transportes lhe deu são absolutamente exemplares. O senhor não conhece a matéria, sabe que o governo anterior nunca deu qualquer apoio financeiro à Junta Metropolitana do Porto, e eu tenho conhecimento disso porque sou membro da Assembleia Metropolitana do Porto, ando nestas coisas há muitos anos. O senhor é um ignorante completo em matéria de metropolitano! Há mais de 30 anos que se fala no metropolitano do Porto, há estudos e mais estudos sobre ele e foi com o ex-ministro Ferreira do Amaral que a Junta Metropolitana do Porto conseguiu avançar...

O Sr. Presidente (João Amaral): - Sr. Deputado, vou pedir-lhe para concluir, uma vez que já esgotou o tempo.

O Orador: - Vou concluir, Sr. Presidente.
Sr. Deputado Manuel Moreira, de facto, parece-me que a sua pergunta não é dirigida ao Governo nem ao Sr. Secretário de Estado, que lhe respondeu cabalmente, mas é para ser escrita numa «folha de couve» qualquer que se publique lá pela sua terra!...

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. Manuel Moreira (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para defesa da honra.

O Sr. Presidente (João Amaral): - Sr. Deputado, vou dar agora a palavra ao Sr. Secretário de Estado dos Transportes, para responder às questões que lhe foram colocadas.

O Sr. Secretário de Estado dos Transportes: Sr. Presidente, pouco mais tenho a acrescentar.