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1394 I SÉRIE-NÚMERO 38

gueses para fins partidários. Mas mais grave é fazê-lo mentindo aos portugueses, criando-lhes expectativas que sabem serem impossíveis de concretizar. .
Sr. Deputado Luís Marques Gudes, discutir este projecto de lei é fragilizar e ameaçar o Serviço Nacional de Saúde; aprovar esta iniciativa é assassiná-lo e fazer-lhe o funeral, em simultâneo, e nós não vamos ser os algozes do Serviço Nacional de Saúde.
O PSD teve a pasta da saúde durante 15 anos; ao longo deles, estas eram as fragilidades conhecidas, sendo a mais gritante de todas elas, a mais incapacitaste para o sistema, a mais comprometedora para o futuro, sem dúvida, a falta de recursos humanos. Não tínhamos e não temos médicos, não tínhamos e não temos enfermeiros, não tínhamos e não temos técnicos suficientes para pôr o Serviço Nacional de Saúde a funcionar devidamente.
Atendendo ao facto, que os senhores conhecem perfeitamente, de um técnico destes levar muitos anos a formar, porventura uma década, pergunto-lhe: durante todos estes anos, que política de recursos humanos desenvolveram VV Ex.as para prevenir a dramática situação em que hoje nos encontramos?

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. José Junqueiro (PS): - Zero! Zero!

O Orador: - E, já agora, se não fosse muita maçada para V Ex.ª, agradecia que respondesse às perguntas formuladas pelo meu camarada Manuel dos Santos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para responder, se assim o desejar, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Marques Guedes.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado José Barradas, como não tinha nada para dizer, o senhor passou o tempo a discorrer sobre assuntos que nada dizem, a falar de coisas que ninguém percebe e que não resolvem os problemas de ninguém.

O Sr. Luís Marques Mendes (PSD): - Exactamente!

O Sr. Acácio Barreiros (PS): - Vá lá, responda às perguntas!

O Orador: - Sr. Deputado, o que as pessoas precisam não é das vossas visões cor-de-rosa, das vossas promessas ocas e da vossa falta de acção.

Protestos do PS.

Sabe, Sr. Deputado, o povo costuma dizer que "de boas intenções está o inferno cheio!"... E sabe do que é que está cheio, infelizmente, o nosso sistema de saúde? Está cheio da vossa inoperância, da vossa falta de acção, da vossa incapacidade e da vossa insensibilidade para resolver os problemas!

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Acácio Barreiros (PS): - Fale lá da saúde!

O Orador: - Sr. Deputado, vá visitar um hospital, vá falar com as pessoas, vá falar com as famílias que têm pessoas nas listas de espera, que passam as "passas do Algarve" nos nossos hospitais, e conte-lhes essas estatísticas, esses números, esses cenários cor-de-rosa que o senhor diz que tem...

O Sr. Luís Marques Mendes (PSD): - Exactamente!

O Orador: - No fundo, aquilo que o senhor e o seu Governo têm apresentado a essas pessoas, que estão a sofrer, para resolver os seus problemas é zero! Os senhores não têm feito rigorosamente nada!
Aliás, os senhores começaram por dizer que o problema não existia. Quando, há cerca de um ano, o PSD apresentou aqui um programa concreto para atacar este problema, a resposta dos senhores foi: "Não, senhor! O problema não existe! O PSD está a exagerar! Isto é fingir que existe uma coisa que não existe!".

O Sr. Acácio Barreiros (PS): - Responda às perguntas!

O Orador: - E com isso justificaram o vosso i Num segundo momento, os senhores arranjaram para aí uma operação de cosmética, em que são peritos, e fingiram que o Governo ia lançar um plano. O Sr. Primeiro-Ministro e a Sr.ª Ministra da Saúde foram por aí anunciar mais uma c

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - Zero!

O Orador: - ... mas os meses passaram e a situação só se agravou. E quando a situação, depois de estar tão grave, já era totalmente impossível de desmentir, o que é que o Governo aparece a dizer? Aparece a dizer que, infelizmente, o problema não tem solução, ou seja, o Governo demite-se de resolver o problema!
Só que há aqui uma questão, Sr. Deputado: é que este problema, o problema do direito à saúde, é uma obrigação estrita do Estado, não é só uma obrigação do Governo. E que o Governo se demita, é lá com ele, será julgado em tempo útil;...

O Sr. Acácio Barreiros (PS): - Responda às perguntas!

O Orador: - ... agora, o Estado, de que também nós fazemos parte, não se pode demitir.
Pela parte da bancada do PSD, recusamo-nos a "cruzar os braços" e a assistir ao que se está a assistir, deixando que se continue a passar aquilo que se está a passar! Ninguém tem o direito de recusar às pessoas o direito à saúde, que lhes está garantido pela Constituição e pelo Estado democrático em que vivemos.
Pela nossa parte, os senhores contarão sempre com propostas concretas, como aqui fazemos hoje, para ajudar a resolver esse problema, quer os senhores queiram quer não! Agora, não vale a pena "enterrar a cabeça na areia" e conti-