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0389 | I Série - Número 11 | 14 de Outubro de 2000

 

Hermínio José Sobral Loureiro Gonçalves
João Eduardo Guimarães Moura de Sá
João José da Silva Maçãs
Joaquim Carlos Vasconcelos da Ponte
José António de Sousa e Silva
José David Gomes Justino
José de Almeida Cesário
José Eduardo Rêgo Mendes Martins
José Luís Campos Vieira de Castro
José Luís Fazenda Arnaut Duarte
José Manuel de Matos Correia
José Manuel Macedo Abrantes
Lucília Maria Samoreno Ferra
Luís Manuel Machado Rodrigues
Luís Maria de Barros Serra Marques Guedes
Luís Pedro Machado Sampaio de Sousa Pimentel
Manuel Alves de Oliveira
Manuel Castro de Almeida
Manuel Joaquim Barata Frexes
Manuel Maria Moreira
Manuel Ricardo Dias dos Santos Fonseca de Almeida
Maria do Céu Baptista Ramos
Maria Eduarda de Almeida Azevedo
Maria Manuela Dias Ferreira Leite
Maria Natália Guterres V. Carrascalão da Conceição Antunes
Maria Ofélia Fernandes dos Santos Moleiro
Maria Teresa Pinto Basto Gouveia
Mário da Silva Coutinho Albuquerque
Mário Patinha Antão
Melchior Ribeiro Pereira Moreira
Miguel Bento Martins da Costa de Macedo e Silva
Miguel Fernando Cassola de Miranda Relvas
Nuno Miguel Marta de Oliveira da Silva Freitas
Pedro Augusto Cunha Pinto
Pedro José da Vinha Rodrigues Costa
Pedro Manuel Cruz Roseta
Pedro Miguel de Azeredo Duarte
Rui Fernando da Silva Rio

Partido Comunista Português (PCP):
Ana Margarida Lopes Botelho
António Filipe Gaião Rodrigues
António João Rodeia Machado
Bernardino José Torrão Soares
Cândido Capela Dias
João António Gonçalves do Amaral
Joaquim Manuel da Fonseca Matias
Lino António Marques de Carvalho
Maria Natália Gomes Filipe
Maria Odete dos Santos
Octávio Augusto Teixeira
Vicente José Rosado Merendas

Partido Popular (CDS-PP):
Álvaro António Magalhães Ferrão de Castello Branco
António Herculano Gonçalves
António José Carlos Pinho
Basílio Adolfo de Mendonça Horta da França
João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo
João Nuno Lacerda Teixeira de Melo
José Miguel Nunes Anacoreta Correia
Luís Pedro Mota Soares
Maria Celeste Ferreira Lopes Cardona
Narana Sinai Coissoró
Raúl Miguel de Oliveira Rosado Fernandes
Telmo Augusto Gomes de Noronha Correia

Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV):
Heloísa Augusta Baião de Brito Apolónia

Bloco de Esquerda (BE):
Luís Emídio Lopes Mateus Fazenda
Maria Helena Augusto das Neves Gorjão

O Sr. Presidente (João Amaral): - Srs. Deputados, vamos iniciar os nossos trabalhos com a discussão do projecto de resolução n.º 77/VIII - Aprova medidas de combate a factores de risco na adolescência e na juventude (PS).
Para introduzir o debate, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mafalda Troncho.

A Sr.ª Mafalda Troncho (PS): - Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República, Ex.mos Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Qual o preciso momento em que deixamos a adolescência e a juventude e passamos para o campo do inimigo? O Cartão Jovem diz-nos que é aos 25 anos; aos 40, se formos jovens agricultores, e aos 35, se jovens empresários. Mas talvez seja naquele preciso instante em que, pela primeira vez, olhamos para trás e nos apercebemos de que momentos tão especiais são irrepetíveis; quando olhamos para o relógio e percebemos que ele andou a trabalhar depressa - afinal, não somos eternos -, quando, pela primeira vez, fazemos o saldo entre o que sonhámos e o que as nossas escolhas, mais ou menos condicionadas, tornaram fantasia ou realidade.
Foi com o sonho de um país livre e democrático que jovens estudantes e capitães de Abril ofereceram a outras gerações de jovens muito mais com que sonhar.
Foi com o sonho de tornar Timor independente que milhares de jovens saíram para as ruas, num dos mais belos actos de solidariedade.
E são jovens da minha terra que, em associações juvenis, recusam o fatalismo das palavras, arregaçam mangas e, todos os dias, contrariam o processo de desertificação.

Vozes do PS: - Muito bem!

A Oradora: - E vão mais longe, em vontades tão vastas quanto as planícies, alfabetizando aqueles que, um dia, na sua juventude, não puderam sonhar tão alto.
A juventude é sinónimo de sonho, de optimismo e de solidariedade e faz o mundo pular e avançar, mesmo quando, em praças, tanques procuram esmagar vontades e esperanças de um mundo melhor.
E é a esta juventude a que exigimos, cada vez mais cedo, que decida sobre o que quer ser quando for grande, que ensinamos a crescer numa competição desenfreada. Que modelos de referência lhe deixamos quando, recentemente, num episódio infeliz, pais e médicos foram coniventes com a mentira? Quando a felicidade individual se faz inimiga da solidariedade? Quando se oferece satisfação em forma de automóveis potentes? Quando se faz do consumo e de estereótipos a base da integração social?
A construção da identidade dos nossos jovens está condicionada a uma flexibilidade que os adapte a uma implacável dinâmica social. Não é construída sobre a estabilidade mas, sim, sobre um mundo virtual, que se confunde sempre com o real. Cada jovem é cada vez mais um gestor de simulações de um futuro que é cada vez mais de curto prazo. E o mundo dos adultos, que se refere a eles como o futuro, está, quase sempre, a vender-lhes as suas qualidades e defeitos e a olhá-los como promessas e pouco