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0092 | I Série - Número 003 | 18 de Abril de 2002

 

aplicação desastrosa e perniciosa, porque sobretudo retirou o estímulo àqueles que querem trabalhar e àqueles que pretendem resolver por mérito próprio.

Vozes do CDS-PP: - Exactamente!

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Finalmente, nesta pequena leitura transversal sobre o Programa do Governo, vou fazer uma rápida referência à política de transportes e de obras públicas.
Parece-nos muito bem incrementar os parâmetros de conservação e de segurança, como vem referido no Programa.
O País, desde há muitas décadas, desde os tempos anteriores ao 25 de Abril, e mesmo posteriormente ao 25 de Abril esta foi uma das questões que continuou a persistir, celebra a liturgia da obra nova, da fita, da inauguração, da necessidade de comparar o que um governo é capaz de fazer de obra nova com o que os outros fizeram.
É preciso, na nova economia e na nova disciplina de aplicação dos recursos, habituarmo-nos a conservar bem, a reabilitar e a requalificar com ambição, mas com inteligência, e só esgotadas as possibilidades de conservar, de reabilitar ou de requalificar lançarmos mão à obra nova. Porque, em matéria de obras novas, tivemos uma pródiga inflação de promessas, saudamos a decisão de manter a opção pela localização do aeroporto na Ota, mas adiá-la, de colocar a terceira ponte sobre o Tejo na calendarização adequada.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Para as calendas!

O Orador: - Calendas helénicas!

Risos do CDS-PP e do PSD.

Esperamos, no que diz respeito ao sistema ferroviário, que o Governo nos tire do autêntico labirinto de planos, projectos e de propostas que existem e nos apresente em Setembro ou em Outubro, conforme está prometido, uma proposta simples e clara de como, em princípio, devem ser as soluções ferroviárias.
Estas são algumas das razões por que apoiamos o Governo e vamos votar favoravelmente o seu Programa. Pensamos que é um bom Programa, e, mais, revemo-nos nele. Agora, é preciso que o Programa passe da fórmula à prática, é o mais difícil, mas é o mais estimulante. Que não falte a este Governo a coragem de o aplicar, para que dele não se possa dizer o que de outros governos já se disse: na prática, a teoria é outra.
Acreditamos que este Governo vai servir Portugal, e vai fazê-lo por quatro anos!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, a nossa próxima reunião plenária terá lugar amanhã, às 10 horas, com a possibilidade de prosseguir às 15 horas, e terá como ordem do dia a conclusão do debate do Programa do XV Governo Constitucional e, no final, a votação das moções de rejeição já apresentadas e da moção de confiança anunciada a apresentada pelo Sr. Primeiro-Ministro.
Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas e 5 minutos.

Entraram durante a sessão os seguintes Srs. Deputados:

Partido Social Democrata (PSD):
António Paulo Martins Pereira Coelho
Guilherme Henrique Valente Rodrigues da Silva
Pedro Filipe dos Santos Alves

Partido Socialista (PS):
Fausto de Sousa Correia

Partido Popular (CDS-PP):
Álvaro António Magalhães Ferrão de Castello Branco
Diogo Nuno de Gouveia Torres Feio
João Nuno Lacerda Teixeira de Melo
José Miguel Nunes Anacoreta Correia

Faltaram à sessão os seguintes Srs. Deputados:

Partido Social Democrata (PSD):
Diogo Alves de Sousa de Vasconcelos

Partido Socialista (PS):
Manuel Alegre de Melo Duarte

A DIVISÃO DE REDACÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL