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1277 | I Série - Número 020 | 07 de Dezembro de 2004

 

políticas fundamentais para a governação, os ministros se contradiziam a um ritmo alucinante; foi um Governo apenas preocupado com a imagem e com a propaganda e foi um Governo que protagonizou os episódios mais tristes e lamentáveis de pressão sobre a comunicação social.
Srs. Deputados, foi o Governo das tomadas de posse que entraram já para o "anedotário" político nacional, das remodelações que terminaram com um Ministro a acusar o Primeiro-Ministro de faltar à verdade e de não ter capacidade de coordenação e de liderança.

Aplausos do PS.

Srs. Deputados, a fechar tudo isto, temos um Primeiro-Ministro em desespero, que aproveita cerimónias públicas oficiais para alimentar as guerrilhas internas do seu partido, um Primeiro-Ministro que deixa o País incrédulo e estupefacto quando decide comparar o seu Governo a um bebé prematuro e o seu partido a uma família violenta empenhada em agredi-lo.
A verdade é que a actuação do Governo passou todas as marcas e todos os limites. O que o País esperava do seu Presidente era uma atitude que travasse a degradação e a instabilidade em que o Governo fez mergulhar o Estado e a nossa vida pública. Foi o que o Presidente da República fez e fê-lo muito bem!

Aplausos do PS.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, dentro de semanas, o País vai ser chamado a definir novos caminhos e a fazer novas escolhas, mas que não haja ilusões: essas escolhas implicam um julgamento dos últimos dois anos e meio de governação e, nesse julgamento, os factos falarão mais alto, pois esse julgamento acabará por ser baseado na realidade, não em retórica nem em demagogia mas nos factos.
E é um facto que, nestes 32 meses, Portugal empobreceu relativamente à Europa e está a ser o mais longo e profundo período de divergência das últimas décadas.
É um facto que, nestes 32 meses, o desemprego cresceu de 4,2% para 6,8%, temos hoje quase 0,5 milhão de desempregados e uma taxa de desemprego juvenil de 16%.
É um facto que, nestes 32 meses, o investimento caiu dramaticamente; em sete trimestres consecutivos o investimento decresceu, caiu o investimento estrangeiro, caiu o investimento público e caiu o investimento das empresas portuguesas.
É um facto que, nestes 32 meses, a confiança caiu a pique e bateu todos os recordes negativos. É um facto que a economia portuguesa andou para trás três anos - repito, três anos! - e que o valor real do produto interno bruto situa-se hoje ao nível de 2001.
É um facto que o défice das contas públicas é hoje maior do que era há três anos atrás.
É um facto que a dívida pública passou, nestes 32 meses, de 55% do produto para 62%.

Protestos dos PSD.

O Orador: - Srs. Deputados do PSD, os factos ainda não acabaram. É uma longa lista!

Aplausos do PS.

É um facto que o Governo degradou o funcionamento das escolas e semeou a confusão com a colocação dos professores.
É um facto que o Governo desmoralizou a Administração Pública e prejudicou gravemente o funcionamento dos serviços públicos.
É um facto que o Governo quebrou irresponsavelmente um caminho de progresso que vinha sendo seguido na ciência e na investigação.

Aplausos do PS.

Risos do PSD e do CDS-PP.

É um facto que o Governo menosprezou o combate às desigualdades sociais e o combate à pobreza.
É um facto que o Governo abandonou o interior à sua sorte, esquecendo as políticas de coesão territorial.
Srs. Deputados, o que é um facto, é que esta governação foi um falhanço. Se a política se mede em função dos resultados, esta governação foi um total fracasso. É a única conclusão que se pode tirar!