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37 | I Série - Número: 104 | 12 de Julho de 2007

A Oradora: — Com certeza, Sr.ª Deputada. Concordo em absoluto consigo. Contudo, há um facto indesmentível: a reestruturação da rede da STCP foi feita em conjunção e em coordenação com todas as autarquias abrangidas por essa rede e com as juntas de freguesia.

A Sr.ª Alda Macedo (BE): — Mas não com as associações de utentes!

A Oradora: — Mais: foram feitas diversas reuniões, nas quais não fui eu quem esteve presente, mas a STCP. E foi a administração e os técnicos da STCP que conceberam a reestruturação, que tiveram essas reuniões com as comissões de utentes, com as juntas de freguesia, com as câmaras municipais.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Quando?!

A Oradora: — A nível autárquico, houve uma concordância absoluta relativamente à reestruturação da rede da STCP.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Mas em Lisboa não houve!

A Oradora: — Quanto a Lisboa, lamento, Sr. Deputado Francisco Madeira Lopes, mas o que é facto é que, fazendo fé naquilo que me diz a administração da Carris, a reestruturação da rede da Carris foi feita sempre com o acompanhamento quer dos serviços técnicos quer da vereadora que se ocupava destas matérias, e, até ao momento em que foi apresentada a rede, houve uma sistemática concordância, que, depois, não se traduziu numa aprovação.
Sr. Deputado, não fui eu que coordenei a reestruturação da rede, pois não me compete fazê-lo. Compete-me dar orientações muito concretas, dizendo que estas matérias têm de ser coordenadas com as autarquias. A informação que tenho, Sr. Deputado, é a de que esta coordenação foi feita até determinado momento e cá estamos nós para corrigir o que for necessário.

A Sr.ª Alda Macedo (BE): — E a regulamentação das associações?

A Oradora: — Sobre isto, devo dizer-lhe que a conclusão do inquérito realizado refere o seguinte: 40,3% dos utilizadores da Carris consideram altamente positiva a reestruturação que foi feita. Lamentavelmente — e, agora, temos de analisar estes valores —, 10,6% mostram-se insatisfeitos. Ou seja, 40,3% dos utilizadores consideram-na altamente positiva e 10,6% mostram-se insatisfeitos. As principais melhorias sentidas pelas pessoas que utilizam — e não por aqueles que pensam nos aspectos de um sistema que desconhecem — são maior frequência, maior rapidez e viagens mais directas entre a origem e o destino. Portanto, é disto que estamos a falar.

O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — Não é, não!

A Oradora: — Não estamos a fazer demagogia sobre estas matérias.
As intervenções no sistema de transportes fazem-se para as pessoas e não para os políticos discutirem.
Estamos a apostar na melhoria da qualidade do serviço percebida e sentida pelas pessoas.
Os senhores podem pôr em causa os inquéritos que são feitos pelas empresas…

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Gostávamos só de ver as perguntas!

A Oradora: — … e podemos, inclusive, mandar repetir os inquéritos e fazê-lo, como agora está na moda, através de comissões independentes que vão rever tudo o que as empresas fazem. Mas o facto é que, neste inquérito, temos 40,3% de pessoas que utilizam a rede — e não pessoas que dizem coisas sobre a rede — a dizer que estão muito satisfeitas com as alterações.

Aplausos do PS.

Protestos da Deputada do BE Alda Macedo.

Não, Sr.ª Deputada, para a maior parte é indiferente, porque só 10,3% dos utilizadores é que estão insatisfeitos. É isto que está em causa na reestruturação da rede da Carris e é o que temos de fazer, com toda a seriedade.
Relativamente ao financiamento do sistema de transportes, foi proposto às juntas metropolitanas que o Estado mantivesse o nível de financiamento que tem vindo a garantir até agora e que, em conjunto, fossem procuradas outras fontes de financiamento. E porquê? Posso dar um exemplo: existem serviços que podem ser suportados pela mais-valia gerada pelo facto de existir uma boa rede de transportes. Esta é uma solu-

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