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50 | I Série - Número: 104 | 12 de Julho de 2007

governos anteriores. Portanto, até agora, o que este Governo tem para anunciar de novas unidades, de centros de saúde, é zero! Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O PSD está muito preocupado com a política cega de fecho de serviços de saúde que o Governo tem prosseguido em todo o País.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem!

O Orador: — Os tiques de arrogância, o total alheamento da realidade e dos problemas concretos das pessoas são, infelizmente, o traço distintivo deste Governo, que perdeu completamente a noção do que é uma política social.
Quando um Ministro da Saúde diz que nunca vai nem irá a um SAP, quando um Ministro da Saúde diminui a comparticipação do Estado no preço dos medicamentos, quando um Ministro da Saúde substitui directores de centro por delito de opinião, esta atitude só pode ser autismo político.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem!

O Orador: — Estas críticas poderiam ser subscritas por muitos Deputados do PS, mas já sabemos que as discordâncias só podem ser feitas, de acordo com a Sr.ª Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, secretamente em casa ou, talvez, num sótão.

Protestos do PS.

Sr. Presidente, há algum nervosismo na bancada do Partido Socialista! Não me resigno. Continuarei a denunciar as injustiças sociais praticadas pelo Governo e não me calarei na denúncia da tentativa de manipulação da opinião pública pelo PS.
O PSD continuará solidário com as populações de Santiago do Cacém, assim como com todas as outras que, em todo o País, estão hoje mais sós e mais longe dos cuidados de saúde a que até há pouco tinham direito.
Santiago do Cacém merece mais saúde. O País precisa de melhor Governo.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Lopes.

O Sr. Francisco Lopes (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Srs. Deputados: A petição sobre o reforço de médicos e de cuidados de saúde primários no concelho de Santiago do Cacém, da iniciativa da comissão de utentes, trata uma questão da maior actualidade e importância para as populações.
O PCP saúda a iniciativa e destaca os seus objectivos de reforço de profissionais de saúde, em particular médicos de família, de criação de um centro de saúde em Vila Nova de Santo André e de um serviço de atendimento a doentes urgentes.
Entretanto, desde o momento em que a petição foi entregue, os problemas não foram resolvidos: mantêm-se 40% dos utentes sem médico de família e foram criadas novas dificuldades com a acção destrutiva do Serviço Nacional de Saúde promovida pelo Governo.
Neste período, o Governo encerrou o SADU de Santiago do Cacém. A população perdeu um serviço de atendimento a doentes urgentes, sobrecarregou-se o serviço de urgência do Hospital do Litoral Alentejano, agravando a situação existente neste serviço, e obrigam-se os utentes ao pagamento de uma taxa mais cara, que passa de 3,30 € para 7,75 €.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exactamente!

O Orador: — O centro de saúde e as extensões de saúde têm dificuldade em responder às funções que o SADU desempenhava, nomeadamente na triagem de doentes, na importante resposta de primeira intervenção e nas situações agudas de fim-de-semana.
Acresce que as distâncias e a organização dos transportes públicos, numa ligação ao Hospital do Litoral Alentejano muito mais deficiente do que a existente à sede do concelho, cria dificuldades extremas à população, sem meios próprios de transporte e com poucos recursos. Muitas vezes, o único transporte é o táxi.
O Governo diz — e o Grupo Parlamentar do Partido Socialista, fazendo de câmara de eco, repete — que melhorou o atendimento com a distribuição de médicos do SADU pelas extensões de saúde, mas aconteceu exactamente o contrário. Com o encerramento do SADU estão a ser feitas menos 1200 consultas por mês e ficam sem consulta, em média, mais 40 utentes por dia.
Esta é a realidade global dos serviços de saúde em Santiago do Cacém.