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34 | I Série - Número: 077 | 8 de Maio de 2009

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Certamente, o Sr. Presidente zelará pelo meu poder de síntese.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor, Sr. Deputado. V. Ex.ª tem de zelar pelo seu poder de síntese antes de eu próprio zelar.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Sr. Presidente, queria apenas referir que, da parte do PCP, existe um sentimento de dever cumprido, porque apresentámos aquilo que consideramos ser a resposta para o momento actual, ainda que numa perspectiva de apelo constante ao combate a esta política de privatização e mercantilização do ensino superior, que tem motivado o crescimento do abandono escolar.
É lamentável que o Sr. Deputado Manuel Mota venha aqui fazer comparações entre o número actual de estudantes no ensino superior com o novo mecanismo, ou seja, aquele que se destina a maiores de 23 anos, e o anterior, comparando o que não é comparável.
É lamentável que o Sr. Deputado venha aqui branquear a situação real que se vive no ensino superior e que está à vista de quem a queira ver.
Na verdade, está à vista dos estudantes e das suas famílias, que fazem «30 por uma linha» para conseguirem manter os estudantes no ensino superior. E está à vista dos estudantes, que são obrigados a recorrer a empréstimos, porque este Governo não lhes assegura a acção social escolar necessária.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exactamente!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Também está à vista dos estudantes que são obrigados a estudar no ensino superior privado porque este»

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado, correspondendo ao seu pedido para zelar pelo seu poder de síntese, peço-lhe que conclua.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Dizia eu que os estudantes são obrigados a estudar no ensino superior privado porque este Governo não lhes permite que entrem nas instituições de ensino superior públicas.
Alguém acredita que, num universo de 300 000 estudantes no ensino superior, só haja necessidade de 16 novas bolsas?! Tenha piedade, Sr. Deputado!

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Ainda para uma intervenção, com a mesma recomendação de poder de síntese, tem a palavra o Sr. Deputado André Almeida.

O Sr. André Almeida (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Verificamos que, na prática, o Partido Socialista não está, afinal, preocupado com a crise. Sobretudo não está preocupado em ajudar os estudantes do ensino superior a não desistirem do seu percurso académico, sucumbindo, assim, perante as dificuldades económicas que vivem.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, é pena que estejamos, desta forma, a «hipotecar» o nosso futuro e que nós, que devemos ser os verdadeiros representantes dos portugueses, nos estejamos a demitir, por culpa do Partido Socialista, de um papel que nos cabe, ou seja, o de intervir quando aqueles que em nós depositaram o seu mandato mais precisam.

O Sr. Manuel Mota (PS): — Demagogia!

O Sr. André Almeida (PSD): — Quanto a nós, PSD, saímos deste debate com a consciência tranquila e com a certeza de tudo termos feito para que este apoio fosse uma realidade.