O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

10 | I Série - Número: 096 | 26 de Junho de 2009

O Sr. Mário Santos David (PSD): — Agora, a 27, depois das provas dadas, é unanimemente indigitado para novo mandato no mais alto cargo internacional jamais confiado a um português.
Compreendemos que os resultados socialistas por essa Europa fora ficaram muitíssimo aquém das piores expectativas que poderiam imaginar. A verdade é que o PPE, já depois da partida dos conservadores britânicos, elegeu 264 Deputados e os socialistas 161! Daí que, depois de tantas críticas ao neoliberalismo, se tenha apressado o grupo socialista em aliciar os liberais italianos para o seu grupo ou o próprio Bloco de Esquerda português, que pode vir a dar jeito mais para o Outono.
Depois de terem aceitado os partidos comunistas da Europa de Leste, que apenas mudaram de nome, imagina-se a homogeneidade ideológica que este grupo terá e a sua fiabilidade.

Vozes do PSD: — É verdade!

O Sr. Mário Santos David (PSD): — Pena é que o Partido Socialista português, no Parlamento Europeu, não se tenha demarcado daqueles que, com mau perder, não querem agora aceitar o veredicto das urnas.
Pena é que o PS vá a reboque de quem vive ainda nas trincheiras de Maio de 68, que de «verde» só tem o nome,»

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — É verdade!

O Sr. Mário Santos David (PSD): — » e permita que um grupo que representa apenas 7% do Parlamento Europeu manipule toda a União Europeia.

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Tal e qual!

O Sr. Mário Santos David (PSD): — Pena é, acima de tudo, que os socialistas não tenham entendido que, passado o combate eleitoral, a Europa se constrói entre quem é a favor do projecto europeu e quem o pretende minar, protelar e destruir.
Pena é ver os socialistas a defenderem as posições da extrema-esquerda e ao lado de Le Pen.
Pena é que na lógica deste PS de duas caras, que diz uma coisa no Conselho e outra no Parlamento, esteja a ser posto em causa o pacto em matéria de construção europeia.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Mário Santos David (PSD): — Ao intervir pela última vez nesta Tribuna, permita-me, Sr. Presidente, que o cumprimente, e em si todos os Colegas com quem tive o gosto de trabalhar.
Termino com uma palavra de esperança: as eleições europeias foram apenas um início, porque falamos verdade, porque não baixamos os braços, porque não nos resignamos, porque Portugal e os portugueses merecem melhor. Vem aí a mudança, vem aí um novo Governo. É para tal que continuarei a lutar em Bruxelas, em Estrasburgo ou em Lisboa.

Aplausos do PSD.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — A isto chama-se pesporrência»!

O Sr. Presidente: — Agradeço os cumprimentos do Sr. Deputado Mário Santos David, dirigidos à Câmara.
E, também em nome da Câmara, desejo a todos os Colegas que optaram pelo Parlamento Europeu nesta eleição as maiores felicidades no desempenho dos seus mandatos.
Aproveito para anunciar que se encontra na galeria em frente à Tribuna um conjunto de Deputados da Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo, cujas três comissões principais se encontram neste momento reunidas em Portugal, ao qual apresento os meus cumprimentos.

Aplausos gerais, de pé.