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19 | I Série - Número: 099 | 3 de Julho de 2009

Sr. Deputado, eu falei da situação do País com realismo. E falei com um realismo tal que comecei o meu discurso — quero lembrar —, dizendo: «O mundo vive a maior crise económica desde a II Guerra Mundial». E descrevi o que significa essa crise.
Pensei que o Sr. Deputado iria explicar por que razão é que o PSD classifica esta gravíssima crise internacional como «um abalozinho de terras».
Eu fui realista, falei de todos os problemas do País. Se quer uma citação, às tantas eu disse: «Sei que entre nós, como em muitos países do mundo, esta crise afecta as empresas, aumenta o desemprego, preocupa as famílias.» Isto é realismo! Mas igual realismo não é seguido pelo PSD quando, com o intuito de apenas assacar responsabilidades ao Governo, classifica a actual crise mundial como «um abalozinho de terras», dizendo que o Governo tinha a obrigação de responder a ela num ápice.

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Claro! Tem essa obrigação!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Isso, sim, Sr. Deputado é que é não agir com o realismo que a situação merece.
O Sr. Deputado fala de défice?!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Falo, falo, e sem qualquer problema!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ó Sr. Deputado, este Governo teve, em 2007 e em 2008, os menores défices orçamentais da democracia portuguesa!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — E em 2009?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Nós pusemos as contas públicas em ordem. E é por causa de termos feito esse esforço de consolidação orçamental que respondemos agora à crise económica.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — E em 2009?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Compreendo o nervosismo da sua bancada, Sr. Deputado. Mas é preciso ter calma, porque ainda estamos no início do debate.
Sr. Deputado, quero lembrar-lhe que é um verdadeiro embuste político pretender fazer um debate sobre o estado da Nação e sobre esta Legislatura pretendendo esconder aquela que foi, sem dúvida, uma das acções mais meritórias do Governo: a de, durante dois anos, ter posto as contas públicas em ordem.

Aplausos do PS.

Vozes do PSD: — Vê-se, vê-se!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Quanto ao Orçamento, Sr. Deputado, não me puxe pela língua,»

Risos do PS.

» senão serei obrigado a lembrar-lhe o Orçamento do Estado para 2005 que o seu governo apresentou e o que fizeram quando o apresentaram. Lembra-se? O senhor já esteve no governo. Nessa altura apresentaram um Orçamento, que era o «orçamento das trancinhas», onde faltavam mais de 1000 milhões de euros para a saõde,»

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