36 | I Série - Número: 047 | 4 de Fevereiro de 2011
ou que quer dar trabalho aos outros, é a soma de impostos, contribuições e taxas, que se tornaram um verdadeiro assalto contributivo a quem trabalha e a quem quer trabalhar. É este o problema!
Aplausos do CDS-PP.
Finalmente, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, hoje, neste debate, há uma oportunidade para ajudar quem trabalha a recibo verde: os jovens, que, muitas vezes, têm o seu primeiro trabalho e não têm outra oportunidade de trabalho senão aquela, os empreendedores, os agricultores, os comerciantes, até as instituições particulares de solidariedade social, muita gente que precisa de ser ajudada, perante a iminência deste aumento insólito e extravagante de contribuições.
Pelo que observámos, está nas mãos do PSD ajudar os jovens que trabalham a recibo verde e evitar esta barbaridade, que ç a de um salário de 1200 € pagar 29% para a segurança social e 21,5% para o IRS e mais de metade do rendimento e do esforço de uma pessoa ir parar às mãos do Estado.
Se não o fizerem, podem dar a mão ao Governo, mas não dão a mão à sociedade portuguesa!
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Jorge Strecht.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Eu julgava que era o Secretário de Estado que vinha aí!
O Sr. Jorge Strecht (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Governo não está presente e não tem que estar, como ç óbvio,»
Vozes do CDS-PP: — Ah!»
O Sr. Jorge Strecht (PS): — » porque os senhores fizeram batota.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Batota?!
O Sr. Jorge Strecht (PS): — Vieram propor ao Governo uma coisa que o Governo não pode face à Constituição da República, que é mexer nas taxas! Os senhores aldrabaram a Assembleia»
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Oh!»
O Sr. Jorge Strecht (PS): — » e diminuíram a própria Assembleia, sabendo de antemão que ç da exclusiva responsabilidade da Assembleia legislar.
Portanto, deixe lá o Governo tranquilo porque ele não tem a ver directamente com este assunto.
Finalmente, espero que a Câmara rejeite frontalmente aquilo que é subliminarmente uma atitude pujadista do CDS! Ao CDS falta coragem política para assumir aquilo que no fundo, lá bem no fundo, sistematicamente subjaz ao seu pensamento, que é muito do que a extrema-direita europeia diz aos seus concidadãos!
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Meu Deus! «Pujadista», «extrema-direita«, «aldrabar«, «batota«»?!
O Sr. Jorge Strecht (PS): — Os senhores são pujadistas, têm vergonha e não assumem frontalmente a recusa do pagamento de impostos e das contribuições, porque os senhores, na prática, também não têm coragem para defender de forma frontal aquilo que sabemos que os senhores escondem e escamoteiam, que é a entrega a quem de direito — os senhores sabem a quem ç: a seguradoras»
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — O quê?!