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42 | I Série - Número: 063 | 12 de Março de 2011

Sr. Deputado, estou a transmitir-lhe que, de facto, estamos interessados em que a Casa do Douro mantenha esse apoio junto do pequeno vitivinicultor, porque é ela que o pode fazer, para reforçar a capacidade de venda do seu vinho e melhorar o seu preço.
A Casa do Douro participou, este ano, no Conselho Interprofissional, participou na decisão de aumento da produção do vinho na Região Demarcada do Douro e o benefício aumentou para 110 mil pipas, embora o comércio quisesse 100 mil.
Portanto, estamos disponíveis para ajudar e para trabalhar com a Casa do Douro nas várias vertentes.
Quando à questão das ajudas, Sr. Deputado Agostinho Lopes, os outros países não recebem, em média, mais do que nós no conjunto das ajudas.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Não diga isso! A França, a Alemanha e a Holanda recebem mais!

O Sr. Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas: — Esses países recebem mais, mas há muitos países a receberem menos do que nós.
O pagamento das ajudas directas ç de mais de 200 €, recebemos 173 € e há países a receber 80 € por hectare. Esta é a realidade da União Europeia.
Quanto à política agrícola comum, o que estamos a discutir agora é a redução deste gap entre os que recebem menos e os que recebem mais, Sr. Deputado. É isso que estamos a fazer.
Consideramos que a política agrícola comum tem de ser melhorada, não pode ser a que é actualmente. A actual política agrícola comum não coloca a função da produção no centro das atenções. Assim, estamos a defender, em Bruxelas, que a primeira função da política agrícola comum seja a da produção.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Fão.

O Sr. Jorge Fão (PS): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, a floresta tem um papel fundamental na preservação da qualidade do ambiente, encerra um grande potencial económico ainda muito pouco explorado e temos noção de que é indispensável garantir a sustentabilidade do espaço florestal como forma de garantir um desenvolvimento equilibrado do ambiente rural — 39% do território nacional está ocupado com a floresta, são cerca de 34 milhões de hectares, 11% das exportações são resultantes da floresta e o saldo da balança comercial é positivo, havendo mais de 1000 milhões de euros do lado da exportação.
É, portanto, necessário proteger este património, enriquecer e ordenar a diversidade florestal e aumentar a rentabilidade da floresta.
Estamos certos de que o Governo tem noção plena da importância disto e destes objectivos. Porém, coloco algumas questões ao Sr. Ministro no sentido de nos fazer um ponto da situação quanto a estas matérias.
No âmbito do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, é de grande importância o papel dos sapadores florestais e dos grupos de fogo controlado.
Pergunto ao Sr. Ministro quais são as perspectivas e as metas para 2011 no que diz respeito ao reforço das equipas de sapadores florestais e da melhoria das equipas de fogo controlado.
A vigilância da floresta, que tem um grande trabalho desenvolvido pelas forças de segurança, sobretudo a GNR, através de jipes, está a fazer um grande trabalho de sensibilização e de mudança de atitude na mentalidade das novas gerações, com o programa Voluntariado Jovem para a Floresta.
Em 2010, foram 4200 os jovens envolvidos em tarefas, com um investimento de cerca de 800 milhões de euros. Em 2011, que reforço é que vai haver nesta matéria e quantos mais jovens vamos ter na floresta? Por último, é preciso ensaiar novos modelos de gestão e de parceria na gestão e na rentabilização da floresta.
Recentemente foi realizada uma reunião na minha região, que é a de Minho/Lima, entre o Sr. Secretário de Estado das Florestas e a comunidade intermunicipal. Assim, gostaria de saber que novas perspectivas existem ao nível da reforma do quadro legal e, sobretudo, de parcerias estabelecidas com autarquias através das comunidades intermunicipais, para melhorar a gestão da floresta e a sua rentabilização partilhada por parte das autarquias locais e de parceiros.