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21 DE JULHO DE 2011

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O Sr. Paulo Sá (PCP): — A actual situação na Grécia comprova que a opção correcta, há um ano, teria

sido a de renegociar a dívida pública grega.

Vai-se tornando também cada vez mais claro que a verdadeira razão da relutância em adiar a

renegociação das dívidas públicas das economias mais débeis da zona euro está nos custos que esta

renegociação teria para o sector financeiro. E, para não beliscarem o grande capital, a Comissão Europeia, o

Banco Central Europeu e os governos nacionais preferem que sejam os trabalhadores e os povos a pagar a

factura da crise.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Paulo Sá (PCP): — Sr. Deputado João Pinho de Almeida, com certeza dirá que a situação da Grécia

é diferente da de Portugal, que o que lá se passa não se passará no nosso País. A pergunta que gostaria de

colocar-lhe, Sr. Deputado, é, então, a seguinte: que diferenças são essas, tão substanciais, entre as situações

grega e portuguesa que sustentam a convicção de que, com este programa da tróica, o País irá resolver os

seus problemas em vez de se afundar ainda mais, como aconteceu na Grécia?

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de

Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Paulo Sá, muito obrigado pelo

pedido de esclarecimento.

Sr. Deputado, quero dizer-lhe que, na bancada do CDS, não protestamos em relação à posição do PCP,

contestamo-la, e apresentamos a nossa prova fundamentada da contestação, porque invocamos irrealismo da

proposta apresentada pelo PCP.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Quero dizer-lhe também que está muito enganado se pensa

que a única proposta desta maioria se refere ao cumprimento do programa acordado com as instituições

internacionais.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Isso é uma novidade!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Essa não é a solução, é a condição! É que se não

conseguirmos cumprir aquilo que acordámos com as instituições internacionais, nenhum programa, seja o do

PCP, seja o do PS ou seja o da maioria, é exequível, porque esta é uma condição irrenegociável, inevitável e

que, tão depressa quanto possível, tem de ser cumprida para abrir caminho ao crescimento e ao

desenvolvimento económico do nosso País.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Se formos iguais à Grécia, Sr. Deputado, de facto, a realidade

não é boa, mas está nas nossas mãos sermos diferentes da Grécia.

Vozes do PCP: — Está, está!…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Quando digo que está nas nossas mãos não me refiro apenas

àqueles que têm a responsabilidade de apoiar a maioria do Governo. A questão é a de saber se o PCP

também quer ser igual aos seus homólogos gregos.

Resultados do mesmo Diário
Página 0001:
/XII (1.ª) — Pela renegociação da dívida pública e pelo desenvolvimento da produção nacional (PCP
Pág.Página 1
Página 0007:
, 3/XII (1.ª) — Define condições para a renegociação urgente da dívida pública (BE), que baixou à 5.ª
Pág.Página 7
Página 0010:
, o PCP avançou com a proposta da renegociação da dívida pública: uma resposta patriótica
Pág.Página 10
Página 0011:
. Srs. Deputados, o caminho da renegociação da dívida pública não é, certamente, uma solução fácil
Pág.Página 11
Página 0013:
. Essas são razões fortes para uma reflexão séria sobre o projecto de resolução «Pela renegociação da dívida
Pág.Página 13
Página 0015:
outro, terá de ser um caminho que passe pela renegociação da dívida, que passe por estender
Pág.Página 15
Página 0016:
Deputada Hortense Martins acusa o PCP de, com a renegociação, querer conduzir o País à lista
Pág.Página 16
Página 0018:
em generalidades ou prometendo soluções fáceis e aludindo a cenários irrealistas de renegociação imediata
Pág.Página 18
Página 0020:
, porquanto, a concretizarem-se os termos de renegociação da dívida, parece evidente que as empresas
Pág.Página 20
Página 0022:
de renegociação da dívida, que o PCP apresenta desde 5 de Abril. Dizem os senhores, em síntese: renegociar
Pág.Página 22
Página 0026:
a primeira vez que o PCP fala do tema da renegociação da dívida. Ele foi, aliás, um dos temas da campanha
Pág.Página 26
Página 0031:
e de efeitos, também eles, conhecidos, e ainda — pasme-se — emissão de dívida pública para o retalho
Pág.Página 31
Página 0032:
, a renegociação da dívida, levantou-se um coro de protestos por parte do PSD, do CDS-PP e também do PS
Pág.Página 32
Página 0034:
a renegociação da dívida tem assumido em Portugal, e principalmente na Europa, vemos que, no fundo
Pág.Página 34
Página 0035:
que passa pela renegociação da dívida pública e pela implementação de políticas
Pág.Página 35
Página 0037:
, a Alemanha obteve dos seus credores — através de uma renegociação da dívida — a possibilidade
Pág.Página 37
Página 0038:
que esta frase o possa inspirar num próximo debate sobre a renegociação da dívida. Aplausos do PCP
Pág.Página 38
Página 0039:
erguida, que agora pode definir as condições da renegociação da dívida, em vez de aproveitarem
Pág.Página 39