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I SÉRIE — NÚMERO 5

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A compreensão da realidade desta crise e a exigência da resposta europeia a esta crise é um «mar» que

separa estas bancadas, porque é um «mar» em termos da compreensão da realidade e um «mar» quanto à

forma de intervir e de agir sobre a realidade.

É por isso que dizemos que o cumprimento do acordo com a tróica é importante e essencial para assegurar

a trajectória de sustentabilidade na dívida pública e, esperemos, na nossa dívida externa, mas também

dizemos que sem um acordo à escala europeia que resolva as questões da percepção do risco das dívidas

soberanas que hoje atingem, particularmente, uns países, depois outros e, porventura, outros a seguir, será

virtualmente impossível qualquer resolução endógena, estritamente nacional da crise com que hoje estamos

confrontados.

Esta é uma diferença profunda da análise e uma diferença profunda da acção que se exige em todos os

planos: no plano nacional, mas também no plano europeu, do qual Portugal é um Estado-membro de pleno

direito da União Económica.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de

Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, devo dizer que é uma honra usar da palavra

numa altura em que a Mesa é exercida por três senhoras. Um privilégio quase único!

Risos.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Há, naturalmente, várias formas de enquadrar este debate.

Podíamos optar por fazer um discurso sobre o passado e dizer como chegámos até aqui, uma solução

tantas vezes usada. Esse não é, certamente, o nosso caminho, mas não devemos esquecer que foi o caminho

usado no ciclo anterior, durante tantas e tantas vezes.

Vozes do CDS-PP: — É verdade!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Ou podíamos optar por fazer uma abordagem mais

responsável sobre os problemas da zona euro, os problemas da própria União Europeia e as saídas para esta

crise. Nunca negámos que essa fosse uma situação que devia preocupar-nos e que deveríamos ter resposta

para ela, mas sempre dissemos que quem liderava o País não tinha credibilidade dentro da União Europeia

para fazer esse debate, nem tinha capacidade de contribuir para essas soluções.

Protestos do PS.

Pois é essa credibilidade que queremos reconquistar para poder, dentro da União Europeia, de cabeça

erguida, fazer esse debate e contribuir para as soluções.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Neste debate, optamos por ir pelo caminho mais normal, o da

análise do conteúdo concreto desta iniciativa — sua autoria e consequências. É esta a responsabilidade

democrática que devemos ter, apesar da difícil adesão à realidade do conteúdo do projecto de resolução que

hoje aqui discutimos.

Protestos do Deputado do PCP Agostinho Lopes.

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