O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 19

36

Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Nos últimos oito anos, as despesas das famílias com o ensino superior

aumentaram 75%! Os sucessivos governos desresponsabilizam-se das suas obrigações constitucionais e

quem paga a factura são as famílias.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É verdade!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — O Governo quer agora pôr as verbas da acção social escolar a cobrir a asfixia

financeira das instituições, integrando os orçamentos da acção social escolar no orçamento de funcionamento.

Isto representa um perigo enorme para os estudantes com maiores dificuldades financeiras, que poderão ser

privados de apoios essenciais para continuar a estudar. E a receita das «tróicas» não há-de tardar: aumentos

de propinas e de custos com residências e cantinas.

Desde o dia 3 de Julho que os estudantes do ensino superior aguardam que o Governo PSD e CDS

publique as novas regras de atribuição de bolsas de acção social escolar. A ordem é para suspender e cortar.

Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: No ensino básico e secundário, as escolas abriram portas esta semana,

mas dentro das escolas faltam muitos professores, mais de 5000 funcionários, muitos psicólogos e outros

técnicos. As necessidades permanentes das escolas têm sido supridas com o recurso ilegal a professores

contratados, contratos de emprego-inserção, contratação à hora.

As escolas abriram portas mas a instabilidade reina: não há os funcionários necessários para as tarefas

mais básicas como abrir o portão da escola de manhã, assegurar o funcionamento do ginásio, da biblioteca e

da mediateca, do bar, da reprografia, da vigilância dos recreios e, muito importante, para o acompanhamento

dos alunos com necessidades educativas especiais!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Estes alunos com necessidades educativas especiais estão a ser excluídos do

direito à educação, com falta grave de apoios a todos os níveis, colocados em turmas sobrelotadas, para onde

chegam a ser «atirados» quatro alunos com necessidades educativas especiais.

Não há dinheiro para pagar a luz, a água e o aquecimento no Inverno. Não há professores necessários

para turmas sobrelotadas. Os projectos de combate ao abandono e o insucesso escolares vão fechar.

A situação das famílias piora todos os dias e a factura do início de ano lectivo é insuportável: por cada filho

estudante uma família desembolsa, no mínimo, 390 € em Setembro! Muitas crianças vão começar as aulas

sem livros

O Governo quer obrigar as famílias que vivem com 219 €/mês (repito, 219 €) a pagarem os livros e só

depois serão reembolsadas. Só em manuais, no 1.º ciclo a factura chega aos 60 €, no 2.º ciclo aos 200 €, no

3.º ciclo aos 300 € e no ensino secundário aos 270 €! Cortar agora 500 milhões euros no ensinos básico e

secundário, depois de o anterior governo do PS, com o apoio do PSD, ter cortado 800 milhões é o enterro da

escola pública gratuita, de qualidade e democrática.

A destruição da escola pública é inseparável de um caminho de mais de 35 anos de política de direita e

brutalmente agravado, agora, com a concretização pelo actual Governo do programa de agressão e

submissão que PS, PSD e CDS subscreveram com a tróica.

Por isso mesmo, para a defesa da escola pública de qualidade, é urgente derrotar este programa da tróica

de agressão ao povo e ao País. É esse o único caminho, o da destruição deste programa de tróica, e a luta

há-de fazê-lo!

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — A Sr.ª Deputada terá quatro pedidos de esclarecimento. Agradeço

que informe a Mesa se pretende responder em conjunto ou separadamente.

Tem a palavra, para um pedido de esclarecimento, o Sr. Deputado Pedro Delgado Alves.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Rita Rato, o Partido Socialista partilha

obviamente da preocupação expressa pela Sr.ª Deputada em relação a todo o financiamento da escola pública

Páginas Relacionadas
Página 0053:
16 DE SETEMBRO DE 2011 53 A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª
Pág.Página 53
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 19 54 Os projectos em discussão não esgotam nem reso
Pág.Página 54
Página 0055:
16 DE SETEMBRO DE 2011 55 De facto, o CDS quer que o testamento vital apenas permit
Pág.Página 55
Página 0056:
I SÉRIE — NÚMERO 19 56 … que, surpreendida em pleno trabalho com a no
Pág.Página 56
Página 0057:
16 DE SETEMBRO DE 2011 57 tema nesta Assembleia em 2006. A partir daí, dinamizou in
Pág.Página 57
Página 0058:
I SÉRIE — NÚMERO 19 58 que devem ser feitas pelas entidades de classe
Pág.Página 58
Página 0059:
16 DE SETEMBRO DE 2011 59 doentes, traduzem a falta de prioridade política que foi
Pág.Página 59
Página 0060:
I SÉRIE — NÚMERO 19 60 O problema é que não podemos deixar de dizer q
Pág.Página 60
Página 0061:
16 DE SETEMBRO DE 2011 61 Consideramos, por isso, ser necessário criar mecanismos q
Pág.Página 61
Página 0062:
I SÉRIE — NÚMERO 19 62 paliativos, há cerca de 400 camas a mais e um
Pág.Página 62
Página 0063:
16 DE SETEMBRO DE 2011 63 As iniciativas em discussão, parecendo concorrer para os
Pág.Página 63
Página 0064:
I SÉRIE — NÚMERO 19 64 Gostaria de dizer à Sr.ª Deputada Elza Pais qu
Pág.Página 64
Página 0065:
16 DE SETEMBRO DE 2011 65 Aplausos do BE. Entretanto, reassumiu a pre
Pág.Página 65