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I SÉRIE — NÚMERO 43

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e das portuguesas mas não querem sequer mexer no património. Percebemos que é uma escolha política

deste Governo taxar aqueles que não podem fugir, porque vivem do seu trabalho, mas isentar aqueles que

podem pagar, porque nunca pagaram por crise nenhuma.

A proposta do Bloco de Esquerda está bem fundamentada, traria uma hipótese, juntamente com outras

propostas que o BE apresentou, alternativa para os cortes nos subsídios. Mas o Governo não que ouvir as

propostas de justiça, de equidade, de legitimação de uma vontade que já foi trazida a público na greve geral

de que os sacrifícios não podem ser sempre para os mesmos e que têm de ser melhor divididos.

Afinal de contas, nem as vozes que os portugueses trouxeram à rua, nem sequer as vozes do Sr.

Presidente da República fazem o Governo mudar de opinião. Mas o Bloco de Esquerda traz aqui esta proposta

essencial para uma maior equidade e uma maior distribuição dos sacrifícios.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — O Sr. Deputado interveio no âmbito de uma proposta de aditamento de um artigo

100.º-A.

Entretanto, informo que não há pedidos de palavra relativamente aos artigos 101.º — Aditamento de

normas no âmbito do IRS —, 102.º — Revogação de normas no âmbito do Código do IRS —, 103.º —

Disposições transitórias no âmbito do IRS — e 104.º— Alteração ao Decreto-Lei nº 42/91, de 22 de Janeiro,

pelo que entramos na apreciação da Secção II da proposta de lei, relativa ao imposto sobre o rendimento das

pessoas colectivas.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr.ª Presidente, peço a palavra.

A Sr.ª Presidente: — Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr.ª Presidente, vamos agora iniciar a apreciação do Código do IRC,

que tem muitíssimos artigos, o que, certamente, originará várias intervenções, pelo que talvez fosse mais

avisado interrompermos aqui os trabalhos.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, é difícil à Mesa ter a percepção de qual é a vontade maioritária da

Câmara.

Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Nuno Santos.

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Sr.ª Presidente, quero manifestar a minha concordância com o que

disse o Sr. Deputado Bernardino Soares.

Dado irmos entrar agora num ponto importante da discussão e que com certeza terá muitas intervenções,

faz sentido interrompermos agora os nossos trabalhos para os retomarmos com o início deste debate.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, como só faltam 5 minutos para as 13 horas, interrompemos, então,

os nossos trabalhos e recomeçá-los-emos às 15 horas.

Srs. Deputados, está interrompida a sessão.

Eram 13 horas e 22 minutos.

Srs. Deputados, está reaberta a sessão.

Eram 15 horas e 12 minutos

Srs. Deputados, vamos iniciar a apreciação da Secção II da proposta de lei — Imposto sobre o rendimento

das pessoas colectivas.

Começamos pelo artigo 105.º, com a epígrafe «Alteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Colectivas».