O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 66

56

É verdade que as mulheres são ainda sujeitas a limitações e a discriminações — nomeadamente

remuneratórias — e é um facto que também são as mulheres as mais atingidas pelo desemprego, pelos

baixos salários ou pela discriminação no local de trabalho.

E é por isso que, em matéria de igualdade de género, nas Grandes Opções do Plano para 2012-2015, o

Governo assume como opção para este período o seguinte: «Na área da igualdade de género promover-se-á

o reforço da transversalidade da dimensão de género nas políticas da administração central e local, a

implementação de novas iniciativas e o alargamento de medidas já tomadas na área da educação, dimensão

fundamental para a eliminação progressiva de todas as formas de discriminação ainda verificadas na

sociedade portuguesa. Assumem-se igualmente como prioritárias, na área do emprego, medidas de combate à

diferenciação salarial entre mulheres e homens, de promoção de um maior equilíbrio entre mulheres e homens

nos lugares de decisão e de prevenção e combate ao assédio sexual no local de trabalho».

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Inês Teotónio Pereira (CDS-PP): — Concluo dizendo que a igualdade e a não-discriminação

implicam uma mudança de mentalidades e de cultura, pelo que a responsabilidade não é apenas ou tão-só do

Estado, mas, essencial ou principalmente, de todos nós.

Por isso, agradecemos mais esta manifestação cívica pela exigência de ética na governação, em qualquer

circunstância, e principalmente em prol dos mais vulneráveis.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília

Honório.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

Deputadas, Srs. Deputados: O Bloco de Esquerda

acompanha as preocupações expressas nesta petição e saúda esta iniciativa do MDM, cujas preocupações e

prioridades mantêm hoje toda a atualidade.

Exigia-se, então, ao Governo que mudasse radicalmente de políticas, que pensasse nas condições

necessárias para garantir a dignidade e as condições de igualdade aos homens e às mulheres deste país.

Esta é hoje uma prioridade absoluta; hoje que os portugueses foram vítimas de um aumento brutal dos

transportes; ontem que ficámos a saber os números record do desemprego e que as mulheres são as

principais vítimas do desemprego, da precariedade e doas baixos salários. Até na austeridade há

discriminação de género…!

Vale a pena encarar este debate com a seriedade que ele exige e não «assobiar para o lado», porque as

políticas deste Governo têm escavado a crise e têm feito das mulheres as suas vítimas.

As palavras que hoje aqui dedicamos são para todas as mulheres que, muitas vezes sozinhas — não

podemos esquecer as inúmeras famílias monoparentais —, enfrentam as dificuldades do dia-a-dia com os

seus filhos, com os seus idosos, enfrentam o aumento do gás, da eletricidade, o corte nas prestações sociais,

o aumento do preço dos transportes, o aumento do custo de vida para a situação dramática que muitas destas

mulheres vivem com as suas famílias.

Para todas as mulheres trabalhadoras, independentemente da sua atividade profissional, para todas as

mulheres que trabalharam uma vida inteira e que mereciam ter hoje uma pensão digna, e que são vítimas dos

cortes das pensões deste Governo, que são vítimas da quebra dos apoios sociais, das políticas cegas de

austeridade deste Governo de direita que nos governa, para todas estas mulheres, é evidente que esta petição

mantém toda a atualidade e todas as lutas são necessárias.

Todas nós fazemos falta e o Bloco de Esquerda renova hoje o seu compromisso pela luta dos direitos das

mulheres, por uma visão feminista da sociedade. Continuaremos a trilhar o caminho destas lutas, porque um

outro mundo é possível e a austeridade cega não pode continuar a viver desta discriminação de género.

Aplausos do BE.

Páginas Relacionadas
Página 0037:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 37 Sempre que descontinuamos uma linha ferroviária por conta
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 66 38 29/XII (1.ª) — Lei de Bases do Ambiente (Os Ve
Pág.Página 38
Página 0039:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 39 formas de produção renováveis. Renováveis é o que propomo
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 66 40 projeto de lei do Bloco de Esquerda para uma n
Pág.Página 40
Página 0041:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 41 do ambiente. Assim, os direitos e os deveres dos cidadãos
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 66 42 O Sr. Maurício Marques (PSD): — A proposta que
Pág.Página 42
Página 0043:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 43 geração, no combate às alterações climáticas, na conserva
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 66 44 Com a destruição ou modificação dos ecossistem
Pág.Página 44
Página 0045:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 45 No que se refere a princípios gerais, são introduzidos, c
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 66 46 âmbito da qual o direito a um ambiente humano
Pág.Página 46
Página 0047:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 47 território pela sua ocupação tradicional. Pelo contrário,
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 66 48 O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — No caso
Pág.Página 48
Página 0049:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 49 Assim, lamentavelmente, por inércia na sua renovação, a L
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 66 50 A Sr.ª Margarida Neto (CDS-PP): — … em detrime
Pág.Página 50
Página 0051:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 51 Esta é a primeira nota que gostaria de deixar, porque, só
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 66 52 A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): —
Pág.Página 52