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I SÉRIE — NÚMERO 15

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português. No próximo Conselho Europeu, o Sr. Secretário-Geral do PS vai defender a mesma posição que o

Governo português relativamente ao quadro financeiro plurianual, que todos esperamos que seja aprovado?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Vitalino Canas.

O Sr. Vitalino Canas (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados Nuno Magalhães e António Rodrigues, creio

que, por uma vez — não tem sido possível fazê-lo ultimamente —, poderei responder aos dois com a mesma

resposta, porque disseram mais ou menos a mesma coisa, o que é estranho, mas talvez no futuro isso não

venha a acontecer.

Srs. Deputados, eu quero discutir aqui as questões que interessam aos portugueses, aquelas questões que

o Primeiro-Ministro deveria defender na Europa e não defende; quero discutir aqui, e lancei esse desafio da

tribuna, a questão dos juros, do custo do nosso financiamento. Os senhores não querem discutir este assunto,

mas devíamos fazê-lo.

Os senhores estão muito satisfeitos porque o financiamento determinado desceu entretanto um bocadinho,

mas o nível dos juros ainda está muito superior àquele que os nossos financiadores pagam para obterem o

que é necessário para depois nos emprestarem. Era necessário lutarmos conjuntamente para que isso não

sucedesse, mas os senhores não querem discutir esse aspeto.

É socialmente impossível sustentar que estejamos a pagar os juros que pagamos, estando numa situação

de ajuda externa. É socialmente insustentável, Srs. Deputados. Não tem explicação!

Aplausos do PS.

Os Srs. Deputados não deviam recusar essa discussão.

O Partido Socialista tem dito que é necessário termos mais tempo para o nosso programa de ajustamento.

Também aí os Srs. Deputados têm andado atrás do Partido Socialista, porque defendemos isto há muito

tempo. A troica já nos deu mais algum tempo, não porque os senhores lutassem por isso mas porque tal foi

necessário devido ao vosso falhanço.

Vozes do PS: — É verdade!

Protestos do Deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.

O Sr. Vitalino Canas (PS): — A troica já nos deu mais algum tempo por causa do vosso falhanço, não por

terem lutado por isso. Mas deveriam lutar para que Portugal tivesse mais tempo para o seu ajustamento,

porque só assim poderíamos evitar uma situação recessiva que vai permanecer e que vai tornar impossível

cumprir esse mesmo programa de ajustamento.

Srs. Deputados, quanto ao crescimento, já discutimos aqui várias vezes a questão do programa de

crescimento, a necessidade de lutarmos na Europa por um programa de verdadeiro crescimento. Quanto a

todas estas questões é fácil, aliás, encontrar nas vossas bancadas quem defenda que é por aí que teremos de

ir. Tive oportunidade de citar da tribuna um artigo escrito por um Deputado do PSD, pensando que, talvez, com

essa citação vos estimulasse a prosseguirem nessas questões.

Quanto ao crescimento, Srs. Deputados, propusemos aqui um pacto para o crescimento. Na Europa já se

deram alguns passos, mas não são suficientes. Ainda hoje de manhã discutimos a questão dos célebres 120

000 milhões de euros que seriam injetados para financiar e estimular a economia mas, por enquanto, não foi

possível vislumbrar nenhum sucesso, nenhum impacto positivo desse programa em Portugal, e desconfio que

esse impacto não virá.

Portanto, Srs. Deputados, é necessário termos uma verdadeira política virada para o crescimento, em que

reorientemos as nossas estratégias e políticas de austeridade para o crescimento. Para isso, Srs. Deputados,

e já que me dirijo aos dois, necessitamos ter um Primeiro-Ministro atuante e um Ministro dos Negócios

Estrangeiros atuante. E não venham dizer que o Ministro dos Negócios Estrangeiros já não tem assento no

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