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I SÉRIE — NÚMERO 34

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Bem sabendo que é mais fácil pedir ajuda do que cumprir a ajuda que se pede, nós estamos a cumprir

essa ajuda e os portugueses verão, a prazo, como essa ajuda solidária foi importante e como as reformas que

estamos a fazer vão ser consequentes para o seu futuro.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem, de novo, a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, verifico, mais uma vez, uma coisa extraordinária: o

Primeiro-Ministro é incapaz de explicar aos portugueses o que falhou na sua receita.

Aplausos do PS.

Em todos os debates quinzenais, peço-lhe, solicito-lhe, exijo-lhe que explique o que falhou na sua

receita,…

Vozes do PSD: — Eh lá!…

O Sr. António José Seguro (PS): — … por que é que o desemprego aumentou em Portugal e o senhor é

incapaz de explicar isso, o que demonstra bem da sua natureza e da convicção que o Primeiro-Ministro tem na

política que está a aplicar no País.

Segunda questão: Sr. Primeiro-Ministro, não venha falar mais em despesismo, porque o senhor disse aqui

que Portugal foi o primeiro País a aprovar o tratado europeu fiscal e sabe que fomos o primeiro Partido

Socialista na Europa a apoiar esse tratado, que visa a disciplina e o rigor orçamental. Por isso, reconheça, ao

menos, aquilo que é um facto indesmentível e aquela que tem sido a postura do Partido Socialista.

O Sr. Primeiro-Ministro falou aqui de uma trajetória descendente dos juros. Sabe quando é que essa

trajetória começou a surgir? A partir de Setembro. E sabe porquê? Porque o Presidente do Banco Central

Europeu disse uma coisa simples: disse que faria tudo o que fosse necessário para salvar o euro.

Bastou uma declaração para que a trajetória dos juros fosse completamente diferente!

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — Agora, imagine se o Governo português se tivesse aliado ao Partido

Socialista e reivindicado um papel mais ativo do Banco Central Europeu na gestão desta crise — é isto que eu

não vejo no Primeiro-Ministro.

Aplausos do PS.

Na sua intervenção, sabe o que é que eu vejo? Vejo um Primeiro-Ministro resignado, um Primeiro-Ministro

acomodado, que lá vai evoluindo no discurso europeu, lá vai evoluindo… Mas falta-lhe a convicção. Muitas

vezes, oiço as suas intervenções e vejo-o mais como um comentador da evolução da política europeia do que

propriamente como um líder português a defender Portugal, com voz firme e com propostas, renegociando

melhor as condições do nosso País!

Aplausos do PS.

O Sr. Primeiro-Ministro falou em transparência e eu também quero falar-lhe de transparência neste debate.

Ontem, o Conselho de Ministros, no seu comunicado, transmitiu o seguinte: «O Conselho de Ministros

decidiu não aceitar a proposta apresentada para adjudicação da privatização da TAP, dando por sem efeito a

operação em curso».

Quero perguntar-lhe quais foram as razões que motivaram esta decisão.