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22 DE DEZEMBRO DE 2012

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Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, talvez possa verificar que

a trajetória dos juros da dívida pública portuguesa a 10 anos começou continuamente a descer após 1 de

Fevereiro de 2012.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O pico foi atingido em 31 de janeiro e, durante os restantes 11 meses deste ano, as taxas de juro

continuaram a cair de forma sustentada, fazendo com que a valorização dos títulos de dívida pública fosse

superior a 50% — quase 56% — durante todo este ano.

Portanto, Sr. Deputado, são os factos que o desmentem, não sou eu.

Em segundo lugar, diz o Sr. Deputado que falta convicção ao Primeiro-Ministro. Mas o Sr. Deputado, não

levará a mal que tenha de dizer que, se não estivesse plenamente convicto do caminho que estou a fazer, não

o estaria a fazer. É justamente por estar convencido de que estamos a fazer exatamente o que é necessário

para sair da crise que continuo empenhado em comunicar aos portugueses os resultados que temos atingido.

Já disse aqui, várias vezes — e vou voltar a dizer —, que 13 000 milhões de euros de despesa corrente

cortada, entre 2011 e 2012, é um resultado impressionante e não compara com o de nenhum outro Governo,

desde 1974.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Conseguimos, em dois anos, obter…

A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, peço-lhe o favor de concluir, uma vez que o tempo de que

dispunha terminou. É que, depois, as bancadas reclamam do excesso de tempo utilizado pelo Sr. Primeiro-

Ministro e o debate prolongar-se-á interminavelmente.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou concluir, Sr.ª Presidente.

Como estava a dizer, conseguimos, em dois anos, colocar a conta-corrente do País praticamente ao nível

do que era esperado que se atingisse em 2016. E, Sr. Deputado, não venha dizer, como já aqui disse, de

modo a falsificar os dados, que também a Grécia o conseguiu, porque isso, Sr. Deputado, a Grécia não

conseguiu e está mesmo muito longe de o conseguir.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Claro!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Obtivemos, portanto, um elemento de comunicação muito importante em

relação a todos os investidores, porque Portugal está a ajustar-se e a viver de acordo com as suas

possibilidades. Isto, Sr. Deputado, chama-se atingir os nossos objetivos, que são os de regressar a

financiamento de mercado, para encerrarmos algo que o Sr. Deputado não quer encerrar, que é o nosso

programa de ajustamento.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Deputado quer renegociá-lo, o Sr. Deputado quer mais tempo, o Sr. Deputado quer mais dívida, o Sr.

Deputado quer mais dinheiro, e eu quero exatamente o contrário!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.