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I SÉRIE — NÚMERO 40

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financiamento, quer através de uma instituição especializada, quer através de outros mecanismos, como

títulos de desenvolvimento, que podemos certamente explorar.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para colocar uma questão ao Sr. Ministro, tem a palavra o Sr.

Deputado Bruno Dias.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, Sr. Ministro,

o PCP propôs que este debate fosse agendado para o Plenário da Assembleia da República e consideramos

que esta é uma oportunidade importante para um debate sério sobre a política económica e, designadamente,

sobre a política industrial de que o País precisa e de mais alguma concretização além das abordagens tão

genéricas e tão redondas que o Sr. Ministro tem vindo a fazer ultimamente sobre os desígnios da

reindustrialização.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Já o temos confrontado com esta matéria e o Sr. Ministro e o Governo falam

em reindustrializar o País, mas ao que temos vindo a assistir, infelizmente, é à desindustrialização do País. Os

senhores estão a desindustrializar o País, e isso verifica-se, inclusivamente, em setores e em áreas que são

da vossa direta tutela governamental.

Estivemos esta semana, mais do que uma vez, em unidades da EMEF (Empresa de Manutenção de

Equipamento Ferroviário). A indústria portuguesa de manutenção ferroviária está no topo, a nível mundial, em

matéria de inovação. O que é que os senhores vão fazer? Vão alienar a unidade de inovação da EMEF, vão

vendê-la aos ingleses.

Sr. Ministro, é inexplicável que o potencial tremendo, a capacidade tecnológica, a inovação de ponta, a

nível mundial, sejam desta forma alienados para uma empresa inglesa que fica com a maioria do capital

quando os senhores vêm depois falar em reindustrializar. Os senhores não precisam de criar do zero, basta

que não destruam! Mas é isso que está a acontecer na indústria nacional, em vários setores e fileiras.

Era também importante que o senhor trouxesse aqui notícias sobre a perspetiva para o setor automóvel,

por exemplo. No distrito de Setúbal, não apenas na Autoeuropa, mas no respetivo parque industrial, onde de

um lado se vai criando uma encomenda é trabalho que falta na outra empresa. A situação de asfixia que está

colocada para os próximos tempos, a chantagem e a ameaça colocadas àqueles trabalhadores exige que,

neste momento, neste e em outros setores, de Norte a Sul do País, haja uma resposta concreta sobre as

situações que são colocadas a estas empresas na indústria nacional.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, termino já.

É preciso que haja uma resposta do Governo sobre o que está a ser feito relativamente ao futuro da

indústria nacional, não para a sua destruição, nem para que depois venha alguém dizer que é preciso

reindustrializar aquilo que existiu e aquilo que tinha — e tem! — potencial que era preciso defender.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia.

O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, antes de mais nada,

gostaria de dizer que a bandeira da reindustrialização, que é a aposta na promoção industrial — eu sei que o

PCP, durante bastantes anos, tem defendido esta questão —, é uma prova de que o fomento industrial, a

reindustrialização do País é um projeto nacional.

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