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17 DE MAIO DE 2013

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O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Por que razão não trouxe aqui todos os compromissos que o seu partido

assumiu perante os eleitores? Era por isso mesmo que os senhores hoje aqui deviam estar a responder.

O Sr. Deputado quer comemorar e a verdade é que, dois anos depois, verificamos que, ao «sétimo dia»,

Paulo Portas deixou de ser o cavaleiro dos pensionistas e passou a ser um acólito submisso do Governo e da

troica; que o Sr. Presidente da República considerou que o sucesso da sétima avaliação teve, afinal, a

inspiração de Nossa Senhora de Fátima, esquecendo os dedinhos tenazes do Ministro Gaspar na sua folhinha

de Excel, o qual se orienta por ela como se se tratasse de uma virgem à qual deve prestar todas as

homenagens.

O Conselho de Estado vai reunir na próxima segunda-feira, porventura para tomar chá, ou para ler nas

folhas de chá o que se vai fazer com o futuro deste País, ou talvez para invocar o Divino Espírito Santo para

resolver os problemas deste País.

Pergunto-lhe o que é que os senhores querem, afinal, comemorar! O que querem comemorar das

promessas que fizeram aos eleitores? Qual é a responsabilidade que os senhores assumem perante essas

promessas, perante tudo o que foi esquecido na exibição de imprensa,…

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — … perante tudo o que foi esquecido na sua intervenção?

A verdade, Sr. Deputado, é que esta direita tem desenterrado toda a tralha dos baús, não lhe falta

esqueletos a sair dos baús; a verdade é que o programa que hoje tem é fundamentalista e de destruição do

Estado social — 4800 milhões de euros de destruição do Estado social.

O que quer comemorar perante os pensionistas, aos quais os senhores estão a mentir, evidentemente? O

que é quer comemorar perante 1,5 milhões de desempregados, pelo menos? O que quer comemorar dois

anos depois, quando as vossas políticas têm atacado toda a capacidade de consumo das famílias

portuguesas, porque tudo isto não passa de um brutal ataque ao trabalho e aos salários?

O que é que o Sr. Deputado tem, afinal, para comemorar, para além da tralha, dos baús, do bolor que tem

desenterrado nesta comemoração e nestes episódios dos últimos dias, nestes dois anos desta política de

austeridade, de miséria e de destruição do futuro? Diga-nos!

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Honório Novo, do PCP.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Duarte Pacheco, acho que o senhor anda

com uma doença muito grave: uma memória seletiva absolutamente espantosa.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Honório Novo (PCP): — O Sr. Deputado, dois anos e meio depois, esquece-se que votou a favor e

permitiu a passagem de todos os Orçamentos do Estado do Partido Socialista, que votou a favor e permitiu a

passagem de todos os Programas de Estabilidade e Crescimento apresentados pelo Partido Socialista,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora bem!

O Sr. Honório Novo (PCP): — … e vem hoje aqui celebrar um acontecimento que fez com que Portugal,

dois anos depois, esteja na situação em que está.

O senhor, com a sua memória seletiva, esqueceu-se de tanta coisa. Tanta coisa que é conhecida dos

portugueses, tanta coisa que acrescentou drama ao drama que os portugueses viviam, tanta coisa que

acrescentou dependência à dependência que Portugal já vivia!

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