O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

8 DE JUNHO DE 2013

23

nas mãos dos credores internacionais, uma vez que o nosso País viu fechados os tradicionais mercados de

financiamento, quer à dívida pública, quer à dívida privada. E, portanto, desde essa altura, quem dita as regras

são os nossos credores oficiais.

O Governo português assumiu a responsabilidade de cumprir um Memorando de Entendimento que hoje já

não deixa dúvidas a ninguém de que foi mal projetado e mal calibrado na sua vertente orçamental. É difícil

explicar por que razão a Irlanda, com um problema conjuntural no seu setor financeiro, dispôs de cinco anos,

até 2015, para reduzir o seu desequilíbrio orçamental, enquanto Portugal, com sérios problemas estruturais de

competitividade e produtividade,…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — … bem como desequilíbrios crónicos das contas públicas e externas,

dispôs, em maio de 2011, de um período inferior a três anos para reduzir o défice público para 3% do PIB.

Aliás, o atual Primeiro-Ministro defendeu, em maio de 2011, mais um ano para Portugal — e, infelizmente, não

foi então ouvido.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — A verdade é que tivemos o programa assinado pelo Governo anterior

em 201 e foi com esse programa que tivemos de lidar. Nomeadamente, foi no quadro desse programa que

Portugal, com este Governo, recuperou credibilidade internacional, reganhou gradualmente o acesso aos

mercados financeiros e procedeu (e está a proceder) à transformação estrutural da economia, de modo a

poder enfrentar com sucesso, quer a zona euro, em que se integra, quer a competição, cada vez mais

concorrencial e exigente, a nível global. Uma transformação estrutural que envolve vários domínios e áreas e

que devia ter sido levada a cabo há mais de uma década, ainda em período de crescimento económico. Não o

soubemos fazer sozinhos, nem na altura mais adequada, nem depois disso — e foi preciso chegar a Portugal

uma troica estrangeira para nos ditar o que teríamos que fazer.

Pois bem, Srs. Deputados, mesmo com um programa que, na sua vertente orçamental deixa muito a

desejar e era inexequível, Portugal conseguiu recuperar a sua credibilidade internacional. O melhor indicador é

a redução das taxas de juro da dívida pública, que se encontram, apesar da subida recente generalizada em

toda a Europa, bem abaixo dos níveis anteriores ao pedido de ajuda financeira aos nossos parceiros.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sabemos que esta evolução não teria sido possível sem que o Banco Central Europeu (BCE) tivesse

mudado a sua postura e se manifestasse disponível para ajudar os países em dificuldades, mas cumpridores

dos respetivos programas de ajustamento (e que pena que essa mudança do BCE não tivesse ocorrido, por

exemplo, dois anos mais cedo!…). Mas entendamo-nos: se Portugal não tivesse cumprido, com rigor e

determinação, mas também com um enorme sacrifício dos portugueses, o Memorando assinado em maio de

2011, então a ajuda do BCE não teria sido possível e, portanto, o reganhar da confiança teria ficado

comprometido.

Portugal — leia-se, o Governo e, sobretudo, os portugueses — têm, portanto, feito tudo o que está ao seu

alcance para que este programa termine, como inicialmente previsto, em junho de 2014, o que, estou certo, vai

acontecer, e têm também feito tudo para iniciar a recuperação que todos ansiamos, da economia, do

investimento, do dinamismo, para inverter a dramática tendência de agravamento do desemprego. Sim, as

reformas estruturais farão o seu caminho e aumentarão o potencial da economia a médio prazo. Mas o curto

prazo não pode deixar de ser pensado: precisava, e precisa de atenção, porque a conjuntura económica a isso

obriga.

Neste contexto, deixem-me enumerar, Srs. Deputados, algumas medidas já tomadas que me parecem

importantes para ajudar a melhorar a situação: a criação de uma agência financeira de apoio especializado às

PME (Pequenas e Médias Empresas), com o apoio da Alemanha; a criação de uma linha de apoio às

exportações até 1000 milhões de euros; o designado «supercrédito» fiscal, que já se encontra em vigor e que

Páginas Relacionadas
Página 0003:
8 DE JUNHO DE 2013 3 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo,
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 100 4 Portugal pode dar início à recuperação da ativ
Pág.Página 4
Página 0005:
8 DE JUNHO DE 2013 5 Tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado Miguel Frasqu
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 100 6 O Sr. Paulo Sá (PCP): — No Orçamento retificat
Pág.Página 6
Página 0007:
8 DE JUNHO DE 2013 7 A pergunta que lhe quero fazer, Sr. Ministro, é se, perante es
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 100 8 O Sr. Ministro das Finanças tem o dever de exp
Pág.Página 8
Página 0009:
8 DE JUNHO DE 2013 9 … e permitir uma afetação de recursos humanos que possi
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 100 10 Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Pág.Página 10
Página 0011:
8 DE JUNHO DE 2013 11 Vozes do PSD: — Bem lembrado! O Sr. Cristóvão C
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 100 12 ache que não lhe fizeram justiça —, devo dize
Pág.Página 12
Página 0013:
8 DE JUNHO DE 2013 13 Das questões que colocou, se me permite, Sr.ª Deputada Cecíli
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 100 14 A Sr.ª Presidente: — No próximo conjunto de p
Pág.Página 14
Página 0015:
8 DE JUNHO DE 2013 15 O Sr. Honório Novo (PCP): — Como reage ao facto de as exporta
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 100 16 O Sr. Honório Novo (PCP): — É a manigância do
Pág.Página 16
Página 0017:
8 DE JUNHO DE 2013 17 Todo este percurso é no sentido de repormos a confiança nacio
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 100 18 O Sr. António Filipe (PCP): — De resto, há ma
Pág.Página 18
Página 0019:
8 DE JUNHO DE 2013 19 Os Srs. Deputados Honório Novo e Pedro Marques puseram em des
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 100 20 Protestos do PCP e do BE. O deba
Pág.Página 20
Página 0021:
8 DE JUNHO DE 2013 21 O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Ou seja, o
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 100 22 de acordo com a sua criação, sustentado pela
Pág.Página 22
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 100 24 pode proporcionar, para novos investimentos,
Pág.Página 24
Página 0025:
8 DE JUNHO DE 2013 25 Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr. Miguel Frasqui
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 100 26 pena de verem alargar os perigosos fenómenos
Pág.Página 26
Página 0027:
8 DE JUNHO DE 2013 27 Aplausos do PSD e CDS-PP. E, já agora, Sr
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 100 28 As previsões económicas foram, logo na altura
Pág.Página 28
Página 0029:
8 DE JUNHO DE 2013 29 É indispensável um largo consenso nacional, pelo menos até 20
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 100 30 O Sr. Fernando Virgílio Macedo (PSD):
Pág.Página 30
Página 0031:
8 DE JUNHO DE 2013 31 O Sr. Honório Novo (PCP): — … «… Circunstância a que acresce
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 100 32 impondo o alargamento do défice no exato valo
Pág.Página 32
Página 0033:
8 DE JUNHO DE 2013 33 sobretudo, com idade para assumirem as responsabilidades dos
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 100 34 O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª
Pág.Página 34
Página 0035:
8 DE JUNHO DE 2013 35 O Sr. Basílio Horta (PS): — Muito bem! O Sr. Jo
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 100 36 vemos que neste Orçamento retificativo há um
Pág.Página 36
Página 0037:
8 DE JUNHO DE 2013 37 Ora, este é o Governo, esta é a maioria que desiste do País e
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 100 38 Daqui teriam, necessariamente, de resultar fa
Pág.Página 38
Página 0039:
8 DE JUNHO DE 2013 39 obrigações nacionais; depois de ter exibido a bandeira da lut
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 100 40 com créditos reconhecidos sobre qualquer enti
Pág.Página 40
Página 0041:
8 DE JUNHO DE 2013 41 Ora, acho isto uma falta de vergonha, porque se há coisa que
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 100 42 Srs. Deputados, a interpelação à Mesa
Pág.Página 42
Página 0043:
8 DE JUNHO DE 2013 43 Entre 2009 e 2013, o PIB, na Grécia, caiu mais de 20%. Em Por
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 100 44 Começamos por votar o voto n.º 131/XII (2.ª)
Pág.Página 44
Página 0045:
8 DE JUNHO DE 2013 45 junto à ONU, em Genebra, acompanhando contenciosos na OMC na
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 100 46 A Assembleia da República, reunida em Plenári
Pág.Página 46
Página 0047:
8 DE JUNHO DE 2013 47 O Sr. Basílio Horta (PS): — Sr.ª Presidente, é para anunciar
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 100 48 Submetido à votação, foi rejeitado, com votos
Pág.Página 48
Página 0049:
8 DE JUNHO DE 2013 49 Segue-se a votação conjunta dos restantes pontos do me
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 100 50 Portanto, não passaremos diretamente às votaç
Pág.Página 50
Página 0051:
8 DE JUNHO DE 2013 51 notícias de que no gabinete do próprio Primeiro-Ministro se e
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 100 52 Por isso, neste momento o que está a ser feit
Pág.Página 52
Página 0053:
8 DE JUNHO DE 2013 53 Vozes do CDS-PP: — Exatamente! A Sr.ª Ce
Pág.Página 53
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 100 54 Submetido à votação, foi aprovado, com votos
Pág.Página 54
Página 0055:
8 DE JUNHO DE 2013 55 na generalidade, da proposta de lei n.º 146/XII (2.ª) — Aprov
Pág.Página 55
Página 0056:
I SÉRIE — NÚMERO 100 56 O Partido Socialista, que atribui prioridade
Pág.Página 56
Página 0057:
8 DE JUNHO DE 2013 57 Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, o Grupo Par
Pág.Página 57