2 DE NOVEMBRO DE 2013
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A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Srs. Jornalistas,
está aberta a sessão.
Eram 10 horas e 8 minutos.
Podem ser abertas as galerias.
Antes de entrarmos na ordem do dia, o Sr. Deputado Duarte Pacheco vai fazer o favor de ler o expediente.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, deram entrada na Mesa, e foram
admitidas, as propostas de lei n.os
184/XII (3.ª) — Aprova a Lei Geral do Trabalho em funções públicas, que
baixou à 5.ª Comissão, e 185/XII (3.ª) — Procede à primeira alteração à Lei n.º 36/2003, de 23 de agosto, em
cumprimento da Decisão n.º 2009/426/JAI do Conselho, de 16 de dezembro de 2008, relativa ao reforço da
Eurojust e que altera a Decisão n.º 2002/187/JAI, relativa à criação da Eurojust, a fim de reforçar a luta contra
as formas graves de criminalidade, que baixou à 1.ª Comissão, e a apreciação parlamentar n.º 67/XII (3.ª) —
Relativa ao Decreto-Lei n.º 146/2013, de 22 de outubro, que procede à 12.ª alteração do Estatuto da Carreira
dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 139-A/90, de 28 de abril, e à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho (PCP).
Em termos de expediente, é tudo, Sr.ª Presidente.
A Sr.ª Presidente: — Muito obrigada, Sr. Deputado.
Informo os Srs. Deputados de que, a partir de agora, decorre a eleição de um Vice-Secretário da Mesa da
Assembleia da República. Peço o favor aos Srs. Deputados que se desloquem à sala D. Maria para
procederem à votação até às 12 horas.
Vamos agora iniciar a ordem do dia, que consiste na continuação do debate, na generalidade, das
propostas de lei n.os
177/XII (3.ª) — Aprova as Grandes Opções do Plano para 2014, e 178/XII (3.ª) — Aprova
o Orçamento do Estado para 2014.
Ontem, quando terminámos os nossos trabalhos, ficou inscrita para uma intervenção a Sr.ª Deputada
Teresa Leal Coelho, do PSD.
Antes de lhe dar a palavra, peço aos Srs. Deputados que tomem os vossos lugares para que não haja
ruído na Sala.
Para uma intervenção, tem, pois, a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Leal Coelho.
A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as
e Srs. Membros do
Governo, Sr.as
Deputadas e Srs. Deputados: Quando, há cerca de dois anos e meio, nos vimos envolvidos no
terceiro resgate financeiro a que Portugal se submeteu na vigência da atual Constituição, o País ganhou
consciência de que o ajustamento da nossa economia e da nossa sociedade seria tarefa de emergência
conjuntural, e, em simultâneo, de reforma estrutural.
Em qualquer dos segmentos seria tarefa árdua para vários anos, desde logo porque a redução da nossa
dívida em nome do crescimento económico e dos nossos compromissos externos como membros da União
Europeia e da união monetária que somos, e que queremos continuar a ser, teria e terá de ser levada a cabo
durante muito tempo e porque a competitividade e a abertura da nossa economia teria e terá de ser
aprofundada e consolidada ao longo de várias legislaturas e, por isso, será transversal à alternância
democrática.
Foi neste contexto que esta maioria e este Governo assumiram a sua quota-parte de responsabilidade e, a
par da resposta mais imediata no plano da execução do Memorando de Entendimento na parcela da
consolidação financeira, desencadearam um conjunto de reformas sistémicas setoriais que hoje produzem já
frutos na sociedade, nas finanças e na economia.
Mas esta maioria e este Governo não trabalham sozinhos e reconhecem o esforço de todos os que
participam ativamente na mudança que se impõe a Portugal.
Os portugueses, as famílias, os empresários e os trabalhadores assumiram com determinação a tarefa de
ajustamento e de renovação do empreendedorismo nos respetivos planos, e com mérito — que lhes deve ser
reconhecido e que deve ser aplaudido — atingiram resultados efetivos em pouco tempo.