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5 DE ABRIL DE 2014

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Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — … nem em 2011, nem em 2012, nem em 2013. Enquanto, no seu

caso, é fácil encontrar contradições e promessas que depois não são cumpridas, no meu caso, o Primeiro-

Ministro tem dificuldade em encontrar qualquer incoerência. Devo dizer-lhe que, em matéria de dívida, houve

sempre uma enorme coerência no nosso posicionamento.

Por isso, defendo a renegociação, no que isso significa de mais tempo para as maturidades, períodos de

carência, juros mais baixos. Há muito tempo que o defendemos.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Aquilo que o Governo já fez!

O Sr. António José Seguro (PS): — Portanto, dou-lhe um conselho: não invente e não tente enganar os

portugueses.

Em relação aos cortes, o Primeiro-Ministro tem três problemas: um, de credibilidade, porque promete uma

coisa e faz outra; outro, de agenda escondida, porque tenta enganar os portugueses através daquilo que se

prepara para fazer, que é tornar cortes provisórios em cortes definitivos;….

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Nem mais!

O Sr. António José Seguro (PS): — … e outro, mais grave, lança a incerteza sobre os portugueses, em

particular sobre uma parte da população portuguesa que é mais vulnerável — os reformados, os idosos. Esses

precisavam de ter segurança e confiança no Estado e aquilo que o senhor faz é precisamente o contrário, isto

é, cria incerteza e insegurança.

Mais: se o senhor reparar nos últimos relatórios que têm surgido e nos dados do INE, verificará que aquilo

que tem saído caro aos portugueses é a sua política de empobrecimento.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — Temos hoje um País mais pobre,…

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — É verdade!

O Sr. António José Seguro (PS): — … temos hoje um País mais desigual…

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Temos, temos!

O Sr. António José Seguro (PS): — … e aquilo que nós esperávamos é que pudesse haver políticas que

ajudassem os portugueses que vivem situações de dificuldade, mas não é isso que está a acontecer.

Por isso, renovo aqui a proposta do Partido Socialista que recolhe consenso, quer político quer social, no

nosso País: o do aumento do salário mínimo nacional. O aumento do salário mínimo nacional é o maior

contributo que, neste momento e em termos imediatos, se pode dar para combater a pobreza. Aquilo que se

espera de um governo é que retire portugueses da pobreza, mas, infelizmente, o que o seu Governo está a

fazer com a sua política é a colocar mais portugueses em situação de pobreza. Foi o maior aumento de que há

memória.

Da parte dos parceiros sociais, dos empresários, das centrais sindicais, dos partidos políticos da oposição,

há um grande consenso para o aumento do salário mínimo nacional. É importante que seja dado esse passo,

porque ele vem colocar mais rendimento no bolso dos portugueses que vivem em situação de pobreza, em

situação de grande dificuldade.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ainda bem que há eleições!

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