1 DE NOVEMBRO DE 2014
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Protestos da Deputada do PS Hortense Martins.
Ou seja, Srs. Deputados, o Dr. Costa não se vira para ninguém, não fala com ninguém, não está disponível
para nenhum compromisso a bem da nação, mas também não diz ao que vem.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Miguel Santos (PSD): — Este Governo, quando assumiu os destinos da governação — e permitam-
me que utilize esta imagem, Srs. Deputados —, foi como se entrasse para disputar a segunda mão de uma
eliminatória que, do primeiro jogo e da primeira mão, já carregava uma goleada para recuperar e os árbitros,
as regras, a estratégia e a tática estavam fortemente comprometidos.
Aquilo que a este Governo foi pedido foi que, num curto espaço de tempo, de forma estruturada,
recuperasse longos anos de desvarios, longos anos de desequilíbrios de uma governação anterior
irresponsável.
Hoje, Srs. Deputados, o PS vota contra o Orçamento do Estado para 2015, porque este Orçamento do
Estado não tem sensibilidade social.
O Sr. Marcos Perestrello (PS): — É verdade!
O Sr. Miguel Santos (PSD): — Tudo se resume a uma simples declaração: o PS vota contra o Orçamento
do Estado para 2015, porque o Orçamento não tem sensibilidade social.
O Sr. Marcos Perestrello (PS): — É verdade!
O Sr. Miguel Santos (PSD): — Cabe questionar, Srs. Deputados do Partido Socialista: quando o Partido
Socialista levou este País à bancarrota…
O Sr. Marcos Perestrello (PS): — Já não é verdade!
O Sr. Miguel Santos (PSD): — … foi sensível ou insensível?! Quando o Partido Socialista comprometeu o
País com um empréstimo forçado de 78 000 milhões de euros, foi mais sensível ou foi um bocadinho menos
sensível?! Quando o Partido Socialista se comprometeu, no acordo que celebrou com a troica, a aumentar
substancialmente as taxas moderadoras de acesso à saúde — e a terminologia é correta, porque foi isto que o
Partido Socialista inscreveu no Memorando da troica, ou seja, comprometeu-se a aumentar substancialmente
as taxas moderadoras de acesso à saúde —,…
Protestos do PS.
… Srs. Deputados, o Partido Socialista estava com a sensibilidade mais «à flor da pele» ou estaria um
bocadinho escondida?!
Agora, com o Orçamento do Estado para 2015, quando o Governo faz descer as taxas moderadoras,…
A Sr.ª Luísa Salgueiro (PS): — Faz, faz!…
O Sr. Miguel Santos (PSD): — … aumenta as transferências para o programa Saúde em mais 150 milhões
de euros, apresenta um Orçamento total consolidado para a saúde de 9054 milhões de euros, será que o
Governo e esta maioria estão menos sensíveis, sensíveis assim-assim ou sensíveis mais e melhor?!
Quando o Governo aumenta o limite da dedução à coleta por despesas de saúde para 1000 €, será mais
sensível ou menos sensível?! Quando se pagam dívidas na saúde de 1900 milhões de euros, libertando
recursos e injetando dinheiro na economia, será o Governo muito sensível ou pouco sensível?!