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I SÉRIE — NÚMERO 58

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Porque temos o aumento do peso das exportações na criação de riqueza e isso é muito importante porque

significa que estamos a vencer a limitação de ter um mercado interno de apenas 10 milhões de consumidores

— o PS parece também não perceber isto!

Mas o que significa isto na vida dos portugueses? Significa mais rendimento no futuro, significa mais

riqueza, significa mais oportunidades, significa mais postos de trabalho, significa mais consumo, significa mais

confiança, significa menos impostos no futuro, significa que há um Estado que assegura as suas funções

essenciais. Mas a oposição desvaloriza tudo isto e, lamentavelmente, preocupa-se sempre em justificar, com

fatores pontuais — umas vezes importados, outras vezes não, ora é o BCE, ora é o Tribunal Constitucional —,

tudo o que de positivo temos vindo a conseguir, e não percebem que, ao desvalorizarem este esfoço, insultam

aqueles que, todos os dias, pelo seu trabalho e pelo seu mérito, puxam este País para a frente. Insultam quem

trabalha, insultam quem investe, insultam quem cria, insultam quem produz.

Termino, Sr.ª Presidente, deixando uma nota à oposição, mas, sobretudo, ao Partido Socialista: não se

preocupem, ocupem-se em apresentar as vossas propostas. Os portugueses cá estarão para as avaliar e nós

para as debatermos.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Sr.ª Deputada Vera Rodrigues, inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, os Srs.

Deputados João Galamba, do PS, Bruno Dias, do PCP, e Nuno Filipe Matias, do PSD.

Informo que a Sr.ª Deputada Vera Rodrigues vai responder em conjunto.

Sendo assim, tem a palavra o Sr. Deputado João Galamba.

O Sr. João Galamba (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Vera Rodrigues, pensei que tínhamos

atingido o limite lúdico com a PlayStation, mas vejo que a Sr.ª Deputada meteu «prego a fundo», que se enfiou

na máquina de realidade virtual e só lhe falta mesmo o capacete. É que o que a Sr.ª Deputada disse não cola

mesmo com a realidade.

Vamos lá aos factos. Em primeiro lugar, depois de o PIB ter caído 5,5%, crescemos 0,9%. O PIB está ao

nível de 2001, ou seja, recuámos mais de uma década.

O PIB cresceu menos do que nos anos antes da crise, entre 2000 e 2007, pois cresceu 1,5%; cresceu

muito menos do que no ano de 2007, antes da crise, ano em que a economia portuguesa cresceu mais de 2%;

e, já agora, cresceu menos do que em 2010, ano em que a economia portuguesa cresceu 1,9% do PIB.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — À custa da dívida!

O Sr. João Galamba (PS): — Vejamos: será que o crescimento, hoje, é mais sustentável? Sabemos que é

mais baixo, mas será que é mais sustentável? Não é mais sustentável, Sr.ª Deputada. O alegado grande feito

deste Governo foi a redução do défice externo, que, este ano, teve um mero crescimento de 0,9%. Ora, esse

grande feito do Governo degrada-se em 30%. Ou seja, com esta taxa de crescimento e com este perfil de

crescimento, o saldo externo desapareceria muito rapidamente.

A Sr.ª Deputada disse que a procura interna também é um dos motores do crescimento. E passou a ser

para a Ministra das Finanças, para o anterior Ministro das Finanças e para o Primeiro-Ministro de Portugal, que

diziam — lembro-me bem! — que as taxas de crescimento do consumo privado superiores às do PIB eram

insustentáveis. Ora, o consumo privado não se limitou a crescer mais do que o PIB, cresceu o dobro do PIB!

Sr.ª Deputada, não vale a pena falar de exportações se não falarmos de importações. Se as exportações

crescerem 4% mas as importações crescerem muito mais, é negativo para o País. E foi o que aconteceu!

Sr.ª Deputada, olhe para os dados de 2010, o ano antes do resgate. Nesse ano, a economia portuguesa

cresceu 1,9% e o contributo da procura externa líquida foi de -0,2%. Agora, o crescimento é de 0,9% —

portanto, menor — e o contributo da procura externa líquida é o quádruplo negativo do que era.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — E o défice?

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