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I SÉRIE — NÚMERO 42

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Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Nós não confiamos, não concordamos e não acreditamos neste

mau Orçamento. E, por isso, chumbamo-lo todo! Com cada um dos nossos votos na especialidade

transmitimos, sempre, consistente e veementemente, a nossa oposição e a nossa rejeição a este Orçamento

tão imprudente, inconsistente e errado, que, por tudo isso, não tem emenda! Não apresentamos propostas de

alteração, porque este Orçamento não tem hipótese de salvação. Mas, já agora, também, porque é legítimo a

um governo querer governar com as suas escolhas…

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Isso!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — … e, não, com as escolhas da oposição. Este Orçamento é vosso

e esta é a vossa responsabilidade, o nosso caminho é diferente, e o nosso Orçamento seria outro,…

Vozes do PS: — Pois seria!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — … os portugueses não têm dúvidas e os senhores também não!

Protestos do Deputado do BE Pedro Filipe Soares.

E foi por causa disso que ainda há um par de meses rejeitaram o nosso programa, o nosso governo e as

nossas propostas,…

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — … mesmo quando elas eram iguais às vossas!

Com o nosso Orçamento, os portugueses sabiam que teriam uma mais gradual, mas permanente, remoção

da austeridade,…

Protestos do Deputado do PS João Paulo Correia.

… para que, no futuro, não tivessem de vir a pagar, novamente, com mais sacrifícios, a imprudência do

presente.

Apostaríamos numa fiscalidade mais favorável para as empresas e para o investimento; seríamos mais

exigentes na disciplina das contas públicas e mais ambiciosos na redução da dívida, nomeadamente

antecipando mais reembolsos ao FMI e poupando mais nos juros; estaríamos a fazer um aumento maior nas

pensões mínimas; estaríamos a fazer a reavaliação da primeira vaga de reformas estruturais e a iniciar uma

nova, voltada para o aumento da produtividade dos serviços públicos, para a atração do investimento externo,

para a maior abertura da economia, para o crescimento das exportações, para a inversão da recessão

demográfica e para o ataque às profundas causas de desigualdades que perduram há décadas.

Protestos do PS.

Mas também não estaríamos a apostar, sobretudo, em estimular o consumo interno, que já cresce, mas a

apostar na atração de investimento, nem estaríamos a impor uma política de rendimentos desligada da

produtividade que coloca em causa o emprego.

Mas por vossas escolhas, das esquerdas, não é o nosso caminho, nem é o nosso Orçamento que está

aqui, hoje, em discussão. Já sabemos que VV. Ex.as

se preparam para esse lamentável exercício — que só

pode ser por vergonha do vosso Orçamento —, que é o de quererem distrair, tentando discutir as soluções dos

outros. Mas já tiveram essa oportunidade e disseram que não, quando há um par de meses derrubaram o

nosso caminho e o nosso programa.

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