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4 DE OUTUBRO DE 2017

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O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Sr. Presidente, agradeço ao Partido Socialista a compreensão.

Sr. Presidente e Srs. Deputados: Esta opção não foi só ideológica, foi também eleitoralista, e digo que foi

eleitoralista porque não acautela os interesses de cidadãos desta Área Metropolitana de Lisboa.

Pergunto quais são os direitos dos utentes residentes fora de Lisboa, como, por exemplo, em Almada,

Amadora, Loures, Odivelas, Oeiras, porque esses ainda se sentem mais discriminados pela atuação da Carris.

Para esses a diferença ainda é maior: são discriminados incompreensivelmente pelos descontos que os

residentes em Lisboa têm e a que eles não têm direito.

Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Os descontos são para todos!

O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Qual é o mecanismo que permite que os autarcas desses concelhos

possam ter uma palavra a dizer sobre a gestão da Carris no seu território? É que cerca de 40% da operação da

Carris é fora do concelho de Lisboa.

O Sr. António Costa Silva (PSD): — Muito bem!

O Sr. Heitor Sousa (BE): — Não é verdade!

O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Como é que vai ser possível para esses utentes de fora de Lisboa, dos

concelhos limítrofes, fazerem ouvir a sua voz? Qual é o mecanismo que a geringonça pensou para eles?

Para nós, a Carris tanto pode ser privada como pública, o que conta é que preste um bom serviço público de

transportes, de qualidade, para os utentes. Mantemos a nossa posição, que é a de que a municipalização da

Carris não resolve qualquer problema estrutural da empresa.

Lamentamos ainda que a preocupação deste debate tenha sido a de, a todo custo, impedir a privatização da

Carris e não tenha sido a de garantir a qualidade dos serviços de transportes. Lamento que a esquerda

parlamentar, sobre esta matéria, a da prioridade dos utentes, não tenha tido uma única preocupação, uma única

palavra.

Aplausos do PSD.

Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Agora falo eu!

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Eu dou licença.

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado Bruno Dias também quer utilizar a mesma prerrogativa e o Grupo

Parlamentar do PS aceita essa vontade.

Assim sendo, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias, para uma intervenção.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, é caso para dizer: agora falo eu! Não era suposto prolongarmos

o debate, mas, perante este desafio do Deputado Carlos Silva, importa fazer duas observações.

Neste caso, uma primeira reação à intervenção que acabámos de ouvir é a de que o Sr. Deputado Carlos

Silva e o PSD enganaram-se no debate. É que na discussão em que está em causa, essencialmente, a questão

da salvaguarda da Carris na esfera pública e a decisão de se impedir a sua privatização, lá vem o Sr. Deputado

Carlos Silva falar da decisão de entregar à Câmara Municipal de Lisboa a Carris, que foi um debate que, salvo

erro, tivemos há uns meses, nesta mesma Sala.

O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Mantém-se atual!

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