I SÉRIE — NÚMERO 10
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O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Espero bem que não!
O Sr. Fernando Anastácio (PS): — E o Sr. Deputado sabe tão bem como eu que há um grupo de trabalho,
há mais de um ano, a preparar…
O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Tem um texto?
O Sr. Fernando Anastácio (PS): — Sr. Deputado, o senhor conhece-o! Toda a gente o conhece, a
comunidade técnica e científica discutiu-o, há pareceres públicos sobre ele.
Sr. Deputado, sejamos verdadeiros, não façamos demagogia!
Portanto, ainda bem que também há um projeto do PSD sobre esta matéria, porque esse diploma chegará
ao Parlamento, e vamos trabalhar numa verdadeira e séria reforma do estatuto das incapacidades. Mas não
façamos demagogia, não digamos aqui aquilo que sabemos que não é verdade, porque isso não faz qualquer
sentido.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — A Mesa não regista mais inscrições, sendo que, como sabem, é praxe
que o partido que apresenta a primeira iniciativa conclua os debates.
Assim, para o encerramento deste debate, tem a palavra a Sr.ª Deputada Vânia Dias da Silva.
A Sr.ª Vânia Dias da Silva (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Sr. Deputado Carlos
Abreu Amorim, há pouco, invocava as suas viagens de criança e eu gostava de invocar também memórias de
criança que tenho e que têm a ver com um livro que lia muitas vezes e de que ainda hoje gosto, que era Alice
no País das Maravilhas.
Os Srs. Deputados da esquerda vivem num mundo de completa fantasia, acantonados no passado, porque
não têm rigorosamente nada para apresentar no futuro.
Sabem o que é que os senhores têm para apresentar no futuro? Vou dizer-lhes! Em 2018, os senhores
aumentaram a luz, aumentaram o pão, aumentaram os transportes…
Protestos do PS.
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Cortámos pensões, Sr.ª Deputada?!
A Sr.ª Vânia Dias da Silva (CDS-PP): — … e têm listas de espera maiores do que as que havia em 2015,
que os senhores tanto invocam.
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Não cortámos pensões, pois não, Sr.ª Deputada?!
A Sr.ª Vânia Dias da Silva (CDS-PP): — Portanto, gostava de perceber que mundo é esse em que os
senhores vivem, que não tem rigorosamente nada a ver com o mundo em que as pessoas vivem.
O que vos queria dizer, Srs. Deputados, mesmo a terminar, era que aquilo que os senhores têm de assumir
aqui, de uma vez por todas, é que para os senhores um crime praticado contra um idoso não é especial e
particularmente grave. Assumam isso! Mas se para os senhores não é particular e especialmente grave, para
nós, é-o, e os senhores ficarão para sempre com o peso e o ónus dessa responsabilidade.
Aplausos do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Srs. Deputados, fica, assim, concluído o debate relativo ao terceiro
ponto da nossa ordem de trabalhos.
Relembro os Srs. Deputados de que estão a decorrer, na Sala D. Maria, eleições para o Conselho Superior
de Segurança Interna e para o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida.