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I SÉRIE — NÚMERO 52

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Nós temos, em relação à política e ao Programa do Governo, um único pensamento e uma única linha de

orientação, não temos, relativamente a isso, felizmente para nós, aquilo que é um ziguezaguear estonteante de

outros que nos deixa sem pontos de referência, inclusivamente para o debate político, porque não sabemos o

que é que à segunda-feira vai ser dito ou o que é que à terça-feira vai ser comentado. Continuaremos a cumprir

a nossa obrigação, dizendo aos portugueses, olhos nos olhos, que há muita coisa por fazer, que temos muito

trabalho pela frente. É preciso que as pessoas percebam que estamos a trabalhar seriamente e com vontade

de melhorar as respostas.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para formular perguntas, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ângela

Guerra.

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Saúde, é um gosto revê-lo nos debates aqui,

no Parlamento, porque achávamos que estava com algum resguardo. Imaginávamos nós até que pudesse estar

com alguma gripe, mas percebemos que, se calhar, era por causa de tanta contestação de tantos profissionais

de saúde.

Ó Sr. Ministro, as graçolas a que já nos habituou, aquelas graçolas a que o Sr. Primeiro-Ministro também já

nos habituou aqui nos debates quinzenais, não têm grande piada! A sua obrigação, enquanto Ministro da Saúde,

é responder diretamente às perguntas que estes Deputados eleitos pelo povo português lhe fazem.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Não é fazer graçolas com a desgraça das pessoas, porque estar dois anos

e meio à espera de uma consulta de oftalmologia não é melhorar tempos de resposta nenhum, Sr. Ministro.

Quem é mentiroso não é a bancada do PSD, falta aí alguma verdade naquilo que o senhor diz e naquilo que

o senhor afirma.

Sr. Ministro, relativamente àquilo que se passa no Serviço Nacional de Saúde e às verdades que o Sr.

Deputado António Sales acabou de referir, com efeito é mesmo verdade que está tudo tão bem. Está tudo tão

bem que a dívida do SNS a fornecedores aumentou 37% desde que o senhor está no Governo, ou seja,

ultrapassou os 2000 milhões de euros.

Vozes do PSD: — Oh!…

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Portanto, está tudo maravilhosamente bem! E está de tal forma bem que

são os profissionais de saúde e é o Bastonário da Ordem dos Médicos que vêm estabelecer uma coisa mais ou

menos semelhante à de um spot publicitário que existiu há uns anos, que era «há uma linha que separa…», Sr.

Ministro — desta vez é uma linha vermelha que lhe estabelecem os profissionais de saúde —, dizendo que o

senhor tem o SNS numa situação calamitosa, que o senhor está isolado e com pouca força, e, de facto, deve

estar, Sr. Ministro.

Na semana passada, perguntei ao Sr. Secretário de Estado se ele se recordava quem tinha sido o Ministro

que tinha vindo dizer, aqui, em novembro de 2017, que, até 31 de dezembro, iríamos fazer um reforço nos

hospitais, em termos de tesouraria, de 400 milhões e um aumento de capital social de cerca de 500 milhões de

euros e que, no início de 2018, seria de mais 500 milhões de euros.

O que sabemos, Sr. Ministro, é que foram transferidos 500 milhões para os hospitais, mas também sabemos

que o Sr. Ministro das Finanças, que é o tal que manda lá no seu Ministério, engavetou os 500 milhões de euros

— estão lá a aguardar sabe lá Deus até quando e porquê.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Sr. Ministro, há mais uma coisa que eu queria perguntar.

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