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21 DE FEVEREIRO DE 2019

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O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … no momento da maior tragédia do País mas também do maior exercício

de incompetência de um Governo no Portugal democrático, em muitos anos.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Por nós, tinha caído naquela altura. Hoje, aquilo a que assistimos é,

obviamente, um exercício de hipocrisia.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não aceitam a censura, não compreendem a censura, não é razoável

censurar.

Sr. Deputado João Oliveira, se a expressão não o incomodar, dado o caráter religioso, eu diria que é a velha

história de «bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz», óbvia e diretamente aplicada a

quem, no passado, fez exatamente o contrário do que está a criticar hoje.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — Quem os viu e quem os vê!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Deputado Moisés Ferreira, deixe que lhe diga que o Bloco de

Esquerda reagiu a esta moção de censura dizendo que não era legítima. A Sr.ª Coordenadora nacional e vários

dos Srs. Deputados disseram que não era legítima: «O CDS não pode fazer a censura, porque…» — a

expressão é vossa — «… foi contra todas as reivindicações que foram feitas no passado.» Foi isto que os

senhores disseram. Foi ou não foi?! Foi!

Se foi isto que disseram, queria dizer-vos que, para criticar o CDS, para fazer debate político democrático,

não é preciso usar uma falsidade ou uma mentira.

O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — Isso é verdade! Há imensas coisas verdadeiras para usar!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — O CDS foi quem primeiro levantou a questão da ferrovia e exigiu

investimento.

Protestos do BE e do PCP.

O CDS exigiu e propôs no Orçamento do Estado efetivos para as forças de segurança e atualização das

carreiras; o CDS pôs no Orçamento do Estado a negociação com os professores; o CDS exigiu as entradas na

Polícia Judiciária, exigiu a autonomia dos hospitais, exigiu a negociação com os enfermeiros e exigiu também a

questão dos médicos.

O CDS esteve em todas essas iniciativas, os senhores é que votaram, Orçamento após Orçamento, sempre

da mesma maneira. Os senhores é que são a maioria, os senhores é que são responsáveis por essa mesma

política!

Aplausos do CDS-PP.

O que é evidente, hoje, Srs. Deputados do Bloco de Esquerda, é que a máscara caiu. Com esta moção, a

vossa máscara caiu! Já não dá para estar, ontem ou amanhã, à porta de uma fábrica a atacar o Primeiro-Ministro

e o Governo quando toda a gente percebeu que, na hora da verdade, os senhores estão sempre aqui para votar.

Os senhores, na hora da verdade, não são revolucionários coisa nenhuma, são submissos!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Nem mais! É clarinho como a água!

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