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I SÉRIE — NÚMERO 82

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maior partido da oposição, à data. É exatamente essa a base: pegar no PETI 3+, onde está definido um conjunto

de obras, tal como os corredores internacionais, a Linha do Norte, a coesão territorial, com um conjunto de

renovação de vias e alargamento de outras linhas de caminho de ferro, a ligação aos portos, que estão, grosso

modo, no Ferrovia 2020.

Qual é o problema?! O problema é que o País se deparou com uma geringonça, com um Governo do Partido

Socialista, apoiado pelo Bloco de Esquerda, pelo PCP e pelo Partido Ecologista Os Verdes, que não conseguiu

executar quase nada desse plano que era importante para o País. Mas também não vão conseguir fazê-lo no

futuro, porque, quando olhamos para o Programa Nacional de Reformas, o que vimos é um corte de 470 milhões

de euros em relação ao que estava previsto no Orçamento do Estado de 2019 para o investimento público. Ou

seja, o que os senhores trazem ao País, o que o Bloco traz hoje ao Parlamento e ao País é um conjunto de

ideias que não querem concretizar.

Repito: este plano, tendo alguns aspetos positivos, aqueles que já estão previstos no Ferrovia 2020, com o

qual concordamos, não é possível de executar nas atuais circunstâncias financeiras, nem com o atual quadro

comunitário.

Só há uma razão para que o Bloco traga esta matéria hoje aqui: é para dizer que se enganou no apoio ao

Partido Socialista, que esteve distraído durante estes quatro anos em que aprovou Orçamentos e não foi capaz

de obrigar à execução da Linha do Minho, cuja necessidade ínfima era a eletrificação e fizeram apenas 10 km,

ou da Linha do Oeste, cuja execução estava prevista em todos os planos desde há 20 anos. Pergunto ao Sr.

Deputado do Bloco de Esquerda e ao Partido Socialista qual é a execução da Linha do Oeste, hoje.

É preciso esperar por uma intervenção do Partido Socialista, do Deputado Pedro Coimbra, aliás, já um pouco

atrasada, porque ainda no tempo do ex-Ministro Pedro Marques o metro do Mondego, ou, agora, o Sistema de

Mobilidade do Mondego, foi proposto pelo Partido Socialista, não executado pelo Partido Socialista, voltado a

propor pelo Partido Socialista e, Sr. Deputado Pedro Coimbra, qual é a execução do metro do Mondego, agora

Sistema de Mobilidade do Mondego, hoje? Qual é, Sr. Deputado?! É «bola»! Portanto, é preciso ter muita

coragem, é preciso ter um espírito eleitoralista, tão evidente que hoje perpassa desde o Bloco de Esquerda ao

Partido Socialista e ao Partido Comunista Português, para vir dizer «Bom, não fizemos nada, temos a EMEF

completamente paralisada».

No início da Legislatura, o Governo pediu ao Parlamento tempo para o novo plano de ação para a EMEF e

apresentou cinco cenários. Quatro Orçamentos depois, quatro anos depois, o que é que o Governo apresenta

para a EMEF? Diz que a EMEF está completamente paralisada.

Termino com o exemplo da CP, que, para além de ser a campeã das cativações, aliás, como todo o setor

empresarial do Estado na área dos transportes, sendo o Ministério das Infraestruturas o campeão das

cativações, apresenta hoje menos comboios, menos pessoal e menos capacidade de resposta.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Deputado, tem de terminar.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Termino, Sr. Presidente, dizendo que, de facto, deixámos trabalho feito.

Chamava-se Ferrovia XXI e tinha todo o plano de reformulação da CP e toda a necessidade de material

circulante, nos serviços regional, internacional, de longo curso e suburbano.

O que é que o Governo fez ao plano? Não fez nada, porque, para isso, era preciso governar, era preciso

agir, era preciso fazer opções, era preciso decidir investimentos e, disso, os senhores nunca foram capazes!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para uma intervenção, em nome do PCP, tem a palavra o Sr.

Deputado Bruno Dias.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O PCP deseja reafirmar aquilo que transmitiu a

esta Assembleia em 2015, quando foi discutido o plano ferroviário nacional, no âmbito dos projetos de resolução

apresentados, primeiro, pelo Partido Ecologista «Os Verdes» e, logo a seguir, pelo Bloco de Esquerda.

Já nessa altura, o PCP sublinhou a necessidade de a ferrovia ser pensada como um todo, verdadeiramente

em rede. Se é verdade que a articulação entre meios de transporte é crucial e indispensável, não é menos

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