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I SÉRIE — NÚMERO 83

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teve mais do que uma posição. Por isso, fez as votações que fez na Comissão e irá repeti-las, sem qualquer

dúvida e mantendo a coerência que sempre teve sobre esta matéria.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — E nós também!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — A pergunta que, creio, os professores fazem é se é o CDS que muitas

vezes esteve contra eles, cortando salários, dizendo que eles eram uns privilegiados na Administração Pública

e querendo fazer uma revisão do estatuto da carreira para os atacar,…

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Não era para atacar, era para o pôr em prática!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — … se é esse o CDS que verão nas votações, em sede de Plenário, ou

se é aquele que «emendou a mão» na quinta-feira passada e aceitou uma proposta que reconhecia um direito

e previa um calendário para a negociação da implementação desse direito.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não é verdade!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — É que nós gostávamos de saber.

A Sr.ª Deputada Assunção Cristas dizia que a decisão, na semana passada, não foi irresponsável. Se não

foi irresponsável, então, repitam-na nesta semana, garantam que não vão votar, depois, contra o resultado obtido

na Comissão. Ou estão arrependidos? É que, daquilo que já percebemos, estão arrependidos.

A cambalhota na Sala é do CDS e do PSD. E a do CDS é uma cambalhota dupla, porque o CDS dizia: «Eu

quero mesmo atirar abaixo este Governo». Agora, o Governo diz: «Eu vou demitir-me se o CDS votar desta

forma.» O que é que o CDS faz? Recua!

Ora, nós percebemos: é que o amor aos professores, esse, sim, era conjuntural e oportunista, é hipócrita

neste contexto, porque, quando esse amor chega a ser consequente com a votação, o CDS foge e até aceita

dar uma cambalhota monumental, deitando por terra aquilo que votou na semana passada e qualquer

credibilidade política.

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — É exatamente igual! É igual ao que votou na semana passada!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Da parte do Bloco de Esquerda, nós votaremos ao lado dos professores,

sem lhes dar um «presente envenenado» com medidas da troica ou em compensação de uma revisão do

Estatuto da Carreira Docente, garantindo que há um direito que vai ser materializado e que não está dependente

de Bruxelas. E veremos se, neste Parlamento, teremos um PS a votar sozinho ou um PS com as direitas

encostadas a ele.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe, do Grupo

Parlamentar do PCP.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, é uma evidência que, nos

últimos dias, o País foi confrontado com uma crise que nunca o foi. Tratou-se, evidentemente, de uma manobra

do Sr. Primeiro-Ministro, que é explicável pelo ambiente pré-eleitoral que o País vive, mas que é reveladora de

alguma coisa, porque demonstra que a direita — num momento em que era claro que havia da parte do PS uma

falta a uma expectativa, a um compromisso criado aos professores (e, diga-se, às demais carreiras especiais),

inclusivamente baseado numa resolução aprovada em 2017 nesta Assembleia —, demonstra que o PSD e o

CDS, quando verificaram que, com a sua votação, iriam abrir caminho a que esse problema fosse resolvido, aí,

voltaram claramente atrás e, agora, já «dão o dito por não dito».

Vozes do PCP: — Exatamente!

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