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I SÉRIE — NÚMERO 27

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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para responder, o Sr. Deputado José Silvano. O Sr. José Silvano (PSD): — Sr. Presidente, começando pelo Deputado João Oliveira, do PCP, queria dizer-

lhe, com toda a clareza, que queremos regressar ao poder a ganhar eleições legislativas — disso pode ter a certeza absoluta! — e não de uma forma enviesada qualquer.

Aplausos do PSD. Quanto à autocrítica, esse discurso deu nos primeiros anos do Governo anterior, que os senhores apoiaram

em 2016, 2017, 2018 e 2019. Agora, depois de terminar um Governo que durou quatro anos — que, pelo visto, tem matéria para mostrar e para poderem criticar —, ainda irem buscar um Governo que já terminou o seu mandato há cinco anos é a prova evidente de que continuam ligados a esta política, a este Governo e, com isso, é evidente que não querem a nossa política nem o nosso governo. Disso podem ter a certeza absoluta!

Aplausos do PSD. Em relação ao Deputado Pedro Filipe Soares, queria dizer-lhe que dramatizações ou suspense não são

connosco. Dramatizações são com alguém muito mais especialista do que nós, que, cada vez que há uma contrariedade, faz um ato de suspense, uma dramatização. Não é com o PSD, é mais para o lado do Governo e de quem o apoia nas questões dos professores ou do IVA. Portanto, o suspense não é connosco, de certeza absoluta. Nós, como se costuma dizer, somos «meninos de coro», em comparação com o atual Primeiro-Ministro e com o Governo, a fazer suspense e dramatização. Portanto, nessa parte estamos entendidos.

Em relação à questão da alteração do sistema político como reforma essencial do regime, o objetivo não é ganhar na secretaria. Nada disso! Até porque, como dissemos da tribuna, queremos um entendimento de todos. Não é só do PS ou do CDS, é de todos os que se quiserem empenhar numa melhor relação entre eleitores e eleitos, para que aqueles que escolhem quer os Deputados quer os outros órgãos de soberania sintam perfeita identificação e confiança naqueles que elegem, porque a relação de proximidade entre o eleito e o eleitor deve ser o ponto fulcral de qualquer proposta que enforme a revisão do próprio sistema político.

Todos concordamos, incluindo o Sr. Deputado, que há que aperfeiçoar este regime, porque todos sabemos — basta ler os estudos de opinião — que grande parte da população já não se identifica com este sistema político e com a forma como ele funciona. Seria, para nós, um ato de silenciamento não perceber os tempos, não perceber os eleitores, não perceber o País e não fazer nada para que os eleitores se identifiquem melhor com os eleitos, na Assembleia da República ou noutro órgão qualquer.

É a esta revisão do sistema político que nos estamos a referir. Não temos documento nenhum que a imponha mas temos a vontade, e acho que todos temos o dever, de modificar aquilo que está mal e de aproximar os eleitores dos eleitos. Disso tenho a certeza absoluta!

Aplausos do PSD. O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado José Silvano, uma vez mais, peço-lhe desculpa

pelo meu lapso de há pouco. Passamos à declaração política do Bloco de Esquerda, que irá ser proferida pela Sr.ª Deputada Sandra

Cunha. Faça favor, Sr.ª Deputada. A Sr.ª Sandra Cunha (BE): — Boa tarde, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados. Fez ontem 13 anos que o «sim» à interrupção voluntária da gravidez venceu o referendo, com mais de 59%

dos votos. Aplausos do BE, da Deputada não inscrita Joacine Katar Moreira e de Deputados do PS.

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