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I SÉRIE — NÚMERO 26

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Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — O último pedido de esclarecimento será feito pela Sr.ª Deputada Alma Rivera, do Partido Comunista Português.

Tem a palavra, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Alma Rivera (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Alexandre Poço, o PSD canta bem, mas não alegra e, sobretudo, não convence ninguém.

O Sr. Deputado diz que as novas gerações veem sucessivamente os seus sonhos adiados — e nós

concordamos, é verdade —, veem negados o acesso ao trabalho, à habitação, à educação, à participação

cívica, ao associativismo, à cultura, mas, quando chega a hora da verdade, nenhum jovem pode contar com o

PSD seja para o que for.

Protestos do PSD.

Quando fala nas condições de trabalho dos jovens, esquece-se de dizer que foi o PSD que deu a mão ao

Partido Socialista, que tanto critica, para fazer uma alteração ao Código do Trabalho que duplica o período

experimental para os jovens, tendo contribuído muito para que, hoje, os jovens tenham sido logo os primeiros

a ir para a rua, com uma mão à frente e outra atrás, por estarem no período experimental e por não terem

direitos nenhuns.

Protestos do PSD.

Fala-nos, também, nos jovens que não ganham mais de 700 €, mas vou dar-lhe uma ideia: para aumentar

salários, é preciso que os senhores votem favoravelmente esse aumento, nomeadamente o salário mínimo

nacional. Mas para isso nunca se pôde contar com o PSD!

Quando o Sr. Deputado diz que os jovens portugueses são os últimos, entre os da União Europa, a sair de

casa dos pais, nós concordamos e acompanhamo-lo. Mas, no Orçamento do Estado para 2021, quando

propusemos que o património público fosse canalizado para habitação social e para oferta de rendas

condicionadas e apoiadas, o PSD votou contra e, quando apresentámos a proposta de reforço da verba para o

programa Porta 65, absteve-se.

Protestos do PSD.

É esta a postura do PSD! É com este PSD que as novas gerações podem contar!

Sr. Deputado, chegámos ao fim da sua intervenção sem perceber se a fez por má-fé ou por engano.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder aos cinco pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Alexandre Poço, do PSD.

O Sr. Alexandre Poço (PSD): — Sr. Presidente, agradeço as questões colocadas pelos Srs. Deputados do PAN, do CDS, do Bloco, do PS e do PCP. Farei um sortido de respostas com aquilo que consegui retirar de

melhor dos pedidos de esclarecimento e que se traduzirá num esforço honesto e humilde para este debate.

Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, do PAN, parecia, por momentos, uma porta-voz do Governo do Partido

Socialista. No entanto, em relação a tudo aquilo que o PAN teve oportunidade de viabilizar neste Orçamento

do Estado, o Partido Socialista não vos atendeu aos temas principais da vida dos portugueses. Tudo aquilo

que era acessório, folclórico ou até, no mínimo, risível, o Partido Socialista disse assim ao PAN: «Toma lá!», e

o PAN viabilizou o Orçamento. Mas o PAN, quando precisa de respostas concretas para a vida dos

portugueses, vira-se para o PSD e pergunta: «Onde está o PSD?»

Por isso, Sr.ª Deputada, devolvo-lhe a pergunta. No próximo Orçamento do Estado, já que consegue

negociar tanto com o Partido Socialista, o PAN poderá substituir o risível pelo concreto e pelo que faz falta?!

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