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23 DE DEZEMBRO DE 2020

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O Sr. Deputado Luís Leite Ramos fala da urgência de debatermos a urgência da educação. O Sr. Deputado

trouxe-nos aqui o que aconteceu entre 2011 e 2015 e fala de um tempo de querubins, de querubinas, de serafins

e de serafinas, e agora só de luciferes, de belzebus, entre os cornudos que existem por aqui a trabalhar a

educação!

Não se vê a urgência do PSD nem se percebe a ansiedade do País. Que haja ansiedade no PSD por não

ver ansiedade no País isso entendemos todos muito bem. Pode parecer uma urgência o que acontece, mas no

que respeita ao que acontece aqui parece só haver ansiedade no Grupo Parlamentar do PPD/PSD de antigos,

talvez de futuros dirigentes.

Quanto àquilo de que me acusa, não sabia, Sr. Deputado, que precisava da autorização do Sr. Deputado

para ir a Viana — o Sr. Deputado é de Vila Real. Aliás, eu fui a Viana na sexta-feira e a mudança da comissão

parlamentar foi de terça-feira… Virei aqui, como determinaram, no início do ano, mas estou aqui hoje também,

neste debate de urgência.

Relativamente às respostas às perguntas do Grupo Parlamentar do PPD/PSD, algo se estará a passar, talvez

uma fulanização: em 1252 perguntas, mais de 1000 foram respondidas. E terei todo o gosto em responder —

oralmente, por escrito, sincronamente, online ou presencialmente. É com todo o gosto, Srs. Deputados, que hoje

me apresento aqui e é da mais elementar justiça que o Ministro da Educação venha aqui dizer «bravo!» às

escolas, «bravo!» aos seus diretores, «bravo!» aos docentes, «bravo!» aos não docentes, «bravo!» aos alunos

e «bravo!» também às suas famílias,…

Aplausos do PS.

… porque, mesmo neste contexto tão difícil, conseguiram erguer em cada escola um espaço de segurança,

e em cada comunidade educativa, acima de tudo, algo que suspeitávamos difícil que acontecesse: um espaço

de confiança.

As escolas, as comunidades educativas, a quem quero dedicar esta intervenção, a quem deveríamos dedicar

este debate, estão confiantes. Tenho ido a escolas, é verdade, Srs. Deputados. E deveriam também procurar

saber o que se passa nas escolas, porque a motivação primeira do PSD, ao fazer este agendamento potestativo,

não foi certamente discutir a educação, nem discutir as mesmíssimas comunidades, nem o que está a acontecer.

Basicamente, o que quiseram foi surfar um conjunto de descontentamentos e dificuldades que sempre existem

e existirão, principalmente num momento de pandemia. É o que o PSD tenta e tem tentado tanto, e por entender

que os portugueses não percecionam assim existe tanta agitação no grupo parlamentar. Queriam, digamos

assim, faturar um dichote, trazer aqui um soundbite, quem sabe, e, com sorte, tentar um slogan.

Um slogan, já o disse o Grupo Parlamentar do Partido Socialista, pode ser o que disse um dos dirigentes

escolares: tentarmos, entre todos, e também com o esforço político-partidário de todos, termos um 2.º período

como tivemos o 1.º. Isso seria, afinal, o que todos queríamos, porque mesmo em tempos de pandemia a nossa

escola provou, uma vez mais, que a escola não mudou na sua forma de ser, por muito que tenha mudado na

sua forma de estar.

Hoje, estamos aqui a mostrar também o caminho que serve a nossa escola e a nossa escola pública.

Sabemos bem que este ministro não se sobrepõe a quem tutela — em abono da verdade, já tivemos quem se

quisesse sobrepor muito a quem tutelava, inclusivamente mexendo, talvez explodindo, até, aquele ministério e

tudo o que ali tínhamos. O que nós temos de fazer todos os dias — e eu gostaria de ver o PPD/PSD a fazer isso

— é defender a escola pública dos ataques que andam por aí disfarçados de preocupação e urgência. Mas não,

o que vemos é um PPD/PSD, aquando da intervenção do Deputado do Chega, a aplaudir, e isso significa que

algo existe e algo está mal no «reino da Dinamarca»!

Protestos do PSD.

A promiscuidade que seguimos aqui e, de certa forma, a maneira como vimos patrocinada, pelo PSD, a

ascensão do Chega também a vemos na educação.

Protestos do PSD.

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