I SÉRIE — NÚMERO 81
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Finalmente, em relação ao 11.º critério, também com nota máxima, a Comissão Europeia sublinha que o
PRR de Portugal apresenta uma estratégia coerente, em que as reformas e o investimento não observam
qualquer contradição.
Além de tudo isto, o que não é pouco, e que nos deve encher de orgulho, ainda reforça comentários
positivos no contributo para a construção do pilar europeu social, sublinhando as reformas no quadro da
igualdade de género, designadamente na redução da disparidade salarial entre homens e mulheres, no
contributo para a educação, no contributo para a coesão económica e social e no contributo para o reforço da
produtividade.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço-lhe para concluir.
O Sr. Carlos Pereira (PS): — Termino já. Sr. Presidente, hoje debatemos um bom plano, com meios adequados, na dimensão certa e com as
prioridades claras, com um País mobilizado e esperançado no futuro. Amanhã vamos continuar o trabalho de
recuperar o nosso País, para e pelos portugueses.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, inscreveu-se, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Afonso Oliveira, do Grupo Parlamentar do PSD.
Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos Pereira, não percebi a quem é que o senhor disse que o Governo «batia o pé». É que o senhor falou em «bater o pé», mas «bater o pé» a quem?
Não percebi. O que ouvi, nos últimos dias, foi o Sr. Primeiro-Ministro a receber um puxão de orelhas muito
forte da Sr.ª Chanceler Angela Merkel. Isso foi o que ouvimos. Mas enfim…
Protestos de Deputados do PS.
Sr. Deputado, nesta crise provocada pela pandemia, a Europa colocou-se no centro da resposta, isso é
verdade, houve uma resposta europeia muito forte — e ainda bem!
Mas o plano de recuperação de cada país, a saber, o nosso plano de recuperação, Sr. Deputado Carlos
Pereira, é da responsabilidade do Governo do Partido Socialista, do Governo apoiado pela geringonça. E é
precisamente aí que «a porca torce o rabo», Sr. Deputado.
Protestos de Deputados do PS.
O PRR é o produto de uma opção e essa é a opção do Partido Socialista. O PRR representa cerca de dois
terços de apoio ao Estado, de despesas públicas do Estado, de investimento do Estado, e de um terço para as
empresas. Esta é uma opção do Governo, uma opção errada do Governo. O PRR não está focado nas
empresas, temo-lo dito desde o início, e esta é uma verdade indiscutível. O PRR não está focado em criar
mais e melhor emprego.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — O que o PRR devia fazer era apostar no emprego e no investimento. Mas não o faz, não é isso que faz.
Há precisamente uma semana, tivemos, neste Parlamento, um debate sobre competitividade. Ficou muito
claro nesse debate que a governação socialista, nos últimos 25 anos, conseguiu atrasar o nosso País, a nossa
economia, face aos países com os quais concorremos.
O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Muito bem!