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I SÉRIE — NÚMERO 1

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O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Todos nós, nesta bancada, sabemos bem porque é que o Partido

Socialista foi fundado na Alemanha e não em qualquer cidade ou vila de Portugal. Foi um combate travado

durante décadas e, tão perto do cumprimento dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, sabemos que não é apenas

um momento de celebrar. É um momento de evocar essa luta e defendê-la todos os dias, com a palavra, neste

Parlamento.

Aplausos do PS.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, em segundo lugar, temos um conjunto de desafios, um conjunto de desafios

numa Legislatura que, no seu dealbar, teria já o combate aos efeitos nefastos da pandemia; teria já a grande

necessidade de implementar o Plano de Recuperação e Resiliência; teria já de voltar a olhar para os

instrumentos de apoio às empresas e às famílias, para que pudessem recuperar níveis de rendimento, para que

procurassem, e para procurarmos, naturalmente, recuperar níveis de emprego. Teremos de continuar as

políticas públicas de combate — um combate que ainda não acabou, está por fazer — a esse impacto severo

que teve a pandemia nas nossas vidas, e este Parlamento terá, seguramente, uma palavra importante a nível

do seu acompanhamento e das iniciativas que teremos de desenvolver, bem como a nível de controlo da

atividade do Governo, para garantir que essa recuperação se faz e que é uma recuperação justa.

Em terceiro lugar, veio a guerra. E veio a guerra numa circunstância particularmente difícil. Veio a guerra

com todos os seus impactos, com os refugiados. Veio a guerra com aumentos de preços substantivos naquele

que é o cabaz fundamental de compras das famílias portuguesas. Veio a guerra e veio mais uma vez um contexto

que precisa de um Parlamento alerta e que combata também os nacionalismos, os radicalismos simplificadores

com propostas concretas e com uma aproximação àquela que é a vida concreta e real dos portugueses. Essa

guerra que é mais um evento disruptivo.

Durante a pandemia, este Parlamento teve um papel central na manutenção do funcionamento regular das

instituições e no acompanhamento de diferentes e diversos estados de emergência, que, por serem estados de

emergência, são estados de exceção. Esse trabalho que, em grande medida, devemos ao conjunto dos

Deputados da XIV Legislatura e, em particular, ao seu Presidente, Eduardo Ferro Rodrigues, é um trabalho que,

nestas circunstâncias, nesta Legislatura, teremos de continuar.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Partido Socialista estará nesta Casa como sempre: radicalmente

democrata, na defesa dos valores de sempre da nossa democracia, da liberdade, para celebrar, nesta

Legislatura, os 50 anos do 25 de Abril de 1974, os 50 anos da Constituição. Este partido estará sempre aberto

à discussão e à intervenção de todas as forças democráticas deste Parlamento, da esquerda à direita

democrática — aberto, plural, como sempre central foi o Partido Socialista desde 1974!

Sr. Presidente, conta com este grupo parlamentar para valorizar este Parlamento, esta instituição, que é a

instituição de todos os portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Adão Silva, líder parlamentar do PSD.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Secretária, Sr. Secretário, Sr.as e Srs. Deputados: Começo

as minhas palavras invocando a hora trágica que se vive na Ucrânia com um abraço grande de solidariedade

deste grupo parlamentar e, suponho, do Parlamento e de Portugal, perante este flagelo dos tiranos que não

deviam estar a fazer o que estão a fazer a um povo livre como é o povo ucraniano.

Sr. Presidente, começo por saudar os 230 Deputados da XV Legislatura. Estamos aqui porque os

portugueses assim quiseram no dia 30 de janeiro passado. Estamos aqui tão-só para servir Portugal. Estamos

aqui para encontrar caminhos de sucesso para todos os nossos concidadãos.

Em cada um de nós, com os inerentes direitos e deveres, palpitam as exigências inadiáveis da democracia.

Quero lembrar que o privilégio de sermos representantes de todos os portugueses — todos, os que residem em

Portugal e os vários milhões que trabalham e vivem no resto do mundo — é, sobretudo, um dever. O dever de

encontrar soluções rápidas e justas para as suas carências e para a materialização dos seus direitos. O dever

de responder aos desafios do futuro, nomeadamente modernizando a nossa economia, mas, sobretudo, a nossa

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