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I SÉRIE — NÚMERO 24

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Protestos da Deputada do PS Berta Nunes.

Ao contrário dos vossos partidos, o nosso não tem medo. Estamos aqui para falar de saúde e é disso que

queremos falar aos portugueses.

Aplausos do CH.

Na sexta-feira, quando estivermos nesta Sala, a pedido do Chega, para fazer um debate de urgência — que

ninguém mais achou relevante, só o Chega achou importante obrigar um membro do Governo a vir ao

Parlamento esta semana e não daqui a duas ou a três —, à hora em que estivermos aqui a discutir, Srs.

Deputados, as urgências de Portalegre, de Elvas, de Ponte de Sor vão estar encerradas para grávidas.

Se, mesmo com isto a acontecer, acham mais importante estar a discutir outra coisa qualquer, quando os

portugueses não têm o mínimo acesso à saúde nos dias de hoje, estão muito enganados em relação ao País

em que vivem e àquilo que os portugueses querem dos políticos.

António Costa está fora e disse que não falava de política nacional no estrangeiro. Gosto do estadista António

Costa que, há dois meses, no estrangeiro, falou de vários problemas da justiça em Portugal e dos metadados,

mas acha agora que, no estrangeiro, não se deve falar de política nacional.

Esse António Costa que acusou Pedro Passos Coelho de ter convidado todos a emigrar é o mesmo que não

veio aqui responder ao Parlamento sobre porque é que o número do ano passado de emigração de médicos foi

o mais alto desde 2016. Sim, Srs. Deputados, o número de médicos que emigrou no último ano foi o número

mais elevado desde 2016, mas o PS acha que é mais importante falarmos de comunidades! Compreendo,

porque este tema da saúde não é muito fácil.

O PS e a extrema-esquerda enchem a boca para falar do Serviço Nacional de Saúde gratuito, universal e de

um serviço adequado e próspero para todos. Mas o que têm gerado não é um serviço de saúde para todos, é

um serviço de pobres para pobres e que está absolutamente degradado. É isso que têm gerado nos últimos

anos em Portugal com a vossa política de esquerda.

Aplausos do CH.

Srs. Deputados, o nosso Serviço Nacional de Saúde não está mais perto do alemão, nem está mais perto do

britânico, está mais perto do da Venezuela e da Bolívia e isso deve-se a uma maioria absoluta socialista e aos

seus apêndices de extrema-esquerda que levaram o País ao estado em que está.

Aplausos do CH.

Podíamos, pelo menos, dizer isto: é barato, mas funciona! Podíamos, ao menos, dizer que é barato e que

não temos assim tanto desperdício, mas os números mostram o contrário.

Sim, Srs. Deputados, os últimos seis Orçamentos, alguns aprovados pelo Bloco de Esquerda, pelo PCP, pelo

PEV e pelo PAN, permitiram que hoje haja um desperdício na saúde — e vou dizer-vos para que não haja erros

— de 1000 milhões por ano. Mil milhões por ano, proporcionalmente, envergonham qualquer país da OCDE

(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).

Por isso, expliquem aos portugueses como é que podem não ter urgências abertas, como é que podem não

ter os hospitais e os centros de saúde abertos, mas ter 1000 milhões por ano gastos em desperdício, em fraude

e em corrupção. Isso só tem uma marca, é a marca deste sistema, que trouxe o Serviço Nacional de Saúde até

onde ele está hoje.

Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, não vamos conseguir resolver o problema dos concursos e da falta de

profissionais de saúde em três ou quatro meses. Porém, devíamos conseguir que o serviço privado ou social

garantisse, a quem não é atendido no Serviço Nacional de Saúde, a quem está à espera há dois, três e quatro

anos, a quem vai a uma urgência e está fechada, o serviço médico necessário, com o apoio e a comparticipação

do Estado.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

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