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I SÉRIE — NÚMERO 41

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O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Tivemos na Assembleia da

República, mais uma vez, uma eleição livre e democrática: 120 Deputados desta bancada votaram de forma

livre e democrática. Votaram com as suas convicções, votaram com o mandato que lhes foi dado pelos eleitores

e nesse mandato não estava nenhum boicote, mas, sim, uma linha vermelha para todos aqueles que são contra

a democracia e são contra o sistema democrático.

Aplausos do PS.

Protestos do CH, tendo os Deputados batido com as mãos nas bancadas, e contraprotestos do PS.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, peço que sejam criadas as condições para que orador possa concluir

a sua intervenção.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Por isso, Sr. Presidente, não sou responsável, somos 120

responsáveis, mas tenho o orgulho de liderar uma bancada que em todas as circunstâncias mais difíceis —

quando somos maioria, mas também quando fomos uma minoria, quando fomos maioria em democracia, mas

também quando fomos minoria quando lutámos contra o fascismo e contra aqueles que eram antidemocracia

—, perante a falta de liberdade, perante aqueles que querem atacar os fundamentos mais preciosos do Estado

democrático, não hesita.

Entre nós e a extrema-direita democrática,…

Vozes do CH: — Ah!

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Entre nós e a extrema-direita antidemocrática há uma linha vermelha

que eu e que 120 Deputados não irão jamais trespassar. Connosco, Srs. Deputados, não passarão.

Aplausos do PS, tendo o Deputado do PS Miguel Matos aplaudido de pé.

O Sr. Presidente: — Presumo que para o mesmo efeito, pede a palavra o Sr. Deputado João Cotrim de

Figueiredo, da IL.

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — Sr. Presidente, nesta questão da Vice-Presidência senti-me de alguma

forma abrangido, porque o Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar da bancada do Partido

Socialista, vem dizer que, em liberdade e em consciência, o PS não vota para além daquilo que chama linhas

vermelhas dos que não defendem a democracia.

Recordo-lhe, Sr. Deputado, que no dia 31 de março boa parte da sua bancada não votou no meu nome para

Vice-Presidente desta Assembleia. E quero saber, quero saber qual é a sua leitura política, hoje, dessa decisão

de não dar orientação à sua bancada. Quero saber se considera a Iniciativa Liberal para além dessas supostas

linhas vermelhas que ninguém lhe deu o direito de estabelecer em relação aos votos que os portugueses põem

na urna quando vão a eleições!

Ninguém lhe deu esse direito e, portanto, exijo saber, se na sua opinião, a Iniciativa Liberal está de um lado

ou de outro dessas supostas linhas vermelhas!

Aplausos da IL e de Deputados do CH.

O Sr. Presidente: — Compreendo que o resultado de uma votação com o significado de uma votação para

a Vice-Presidência da Assembleia da República desperte comentários e, por isso, tenho dado a palavra aos Srs.

Deputados que a pedem.

Darei ainda, brevemente, a palavra ao Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias, que ma pede, julgo que para

responder ao Sr. Deputado João Cotrim Figueiredo, se nenhum grupo parlamentar se opuser, embora,

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