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I SÉRIE — NÚMERO 45

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Risos do CH.

A água evapora em todo o lado, Srs. Deputados!

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. João Moura (PSD): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Por conseguinte, aquilo que está a faltar realmente é uma verdadeira estratégia para a agricultura

portuguesa, para ampliar estes bons exemplos que os senhores têm virtude ao trazerem aqui e que podemos

exaltar.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — O Sr. Deputado João Dias pretende usar da palavra? Qual é a figura

regimental que invoca?

O Sr. João Dias (PCP): — Para uma interpelação à Mesa sobre a condução dos trabalhos, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. João Dias (PCP): — Sr. Presidente, é só pela questão seguinte: o PCP trouxe a debate um projeto de

lei, mas lamentavelmente foi aqui trazida uma apreciação com ideias feitas que não traduzem em nada o teor

do projeto de lei do PCP.

Por isso, seria importante que o Sr. Deputado João Moura, quando vem para a discussão de um projeto de

lei do PCP, pelo menos lesse a iniciativa, para não vir com ideias feitas que não traduzem o que o PCP pensa.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passamos agora à intervenção do Grupo Parlamentar da Iniciativa Liberal,

pelo que dou a palavra ao Sr. Deputado Rui Rocha.

O Sr. Rui Rocha (IL): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Foi aqui dito que estas propostas têm uma visão

contrária à agricultura intensiva, superintensiva, ao olival. Acho que é isso, mas é mais do que isso. Na verdade,

duas destas propostas têm uma visão que é contra a agricultura! Não é só contra o olival, nem contra a atividade

intensiva ou superintensiva!

Mais, trata-se de propostas que, de forma deliberada — ou, pelo menos, na sua consequência, se deliberada

não for —, são contra o povoamento do interior, contra a viabilidade económica do interior. É contra isso que

estas propostas se apresentam!

Aplausos da IL.

Portanto, é preciso sermos claros nas palavras.

Há, sim — e essa é uma guerra que está a começar agora e vai continuar nos próximos anos, seguramente

—, um problema e uma guerra, que é a guerra da água. Só que a questão da água não se reconduz a condenar

a agricultura nem a condenar o interior ao despovoamento, à seca e aos incêndios, e é isso que, afinal, está

implícito nestas propostas.

A questão da água é muito relevante. Sim, é preciso haver um plano e a concretização de planos para a

retenção da água. Mas há quem seja contra barragens e, por isso, é um problema sério e temos que o tratar. É

preciso tratar da distribuição da água, porque há zonas no País que ainda têm água e outras zonas que não

têm. É preciso fazer chegar a água de onde ela existe às zonas onde faz falta. É preciso tratar do problema da

eficiência da água.

E aqui entramos no anátema contra a agricultura que está implícito nestas questões: a agricultura usa água,

sim, mas a água, depois, está nos alimentos. O problema que existe é que há uma rede ineficiente de distribuição

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