16 DE JUNHO DE 2023
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O Sr. Nuno Carvalho (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Olga Silvestre (PSD): — … mas, no País real, muitos idosos são abandonados à sua sorte e quem é
mais pobre, e quando a situação é urgente, vê-se obrigado a recorrer a lares ilegais, ficando, por vezes, sujeitos
a maus-tratos.
O Estado também aqui falha na fiscalização. A institucionalização, que deveria ser o último recurso, acaba
por ser a única opção, ainda por cima para os mais carenciados.
Aplausos do PSD.
O PSD, ainda recentemente, questionou o Governo sobre esta situação, mas o silêncio foi a resposta da Sr.ª
Ministra.
Srs. Deputados, disponibilizar opções dignas para evitar a institucionalização deve ser a prioridade. Privilegiar
a manutenção dos idosos nas suas casas é a forma mais humana de os apoiar e de promover um efetivo
envelhecimento ativo.
A Sr.ª Ofélia Ramos (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Olga Silvestre (PSD): — Dentro do seu ADN (ácido desoxirribonucleico) humanista, o PSD apresenta
diversas propostas, porque o que pretende é que, no final do dia, a pessoa que já foi criança e jovem continue
a ter uma vida digna e feliz, porque merece, é justo e lhe é devido.
O Sr. Nuno Carvalho (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Olga Silvestre (PSD): — Devemos tratar os idosos como um dia gostaríamos de ser tratados, porque,
com sorte, todos os que aqui estamos teremos, um dia, o privilégio de ser idosos.
Sr.ª Deputada Cristina Silva, está disponível o Partido Socialista para apoiar as medidas propostas pelo PSD?
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Havia um segundo pedido de esclarecimento, desta vez em nome do Grupo
Parlamentar do PCP. Tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Santos para o formular.
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada, gostaria de abordar
dois aspetos sobre a dignidade e a valorização dos idosos e a forma de garantir condições de vida dignas aos
idosos.
As dificuldades de vida dos idosos resultam, são consequência, das políticas de direita que têm vindo a ser
seguidas, quer por parte do Partido Socialista, quer por parte do PSD e do CDS, mas que têm contado sempre
com o apoio da Iniciativa Liberal e do Chega.
A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — Claro!
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — A verdade é que estas dificuldades da vida, das baixas reformas, resultam
também de uma vida de trabalho assente em baixos salários. O Governo do Partido Socialista, perante esta
realidade, continua a não adotar as soluções que são necessárias para, de facto, recuperar e valorizar as
reformas dos reformados e dos pensionistas do nosso País.
Esta era a primeira questão que gostaria de lhe colocar: vão ou não, de forma definitiva, o Governo e o
Partido Socialista, valorizar, garantir condições de vida dignas aos reformados? Há pouco, já tivemos
possibilidade de referir que, depois de uma vida inteira de trabalho, deveriam ter essas condições, e veem-se
confrontados com inúmeras e inúmeras dificuldades.