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I SÉRIE — NÚMERO 10

50

Pausa.

Todos conseguiram.

Muito bem, peço aos serviços que encerrem, então, este período de verificação do quórum e publicitem o

resultado, por favor.

Pausa.

Temos quórum, vamos proceder às deliberações.

Em primeiro lugar, temos o Projeto de Voto n.º 450/XV/2.ª (apresentado pelo PS) — De pesar pelo

falecimento de Avelino Tavares, e peço à Sr.ª Deputada Palmira Maciel o favor de o ler.

A Sr.ª Secretária (Palmira Maciel): — Sr. Presidente, o projeto de voto é do seguinte teor: «Faleceu, no

passado dia 26 de setembro, aos 85 anos, Avelino Tavares, criador do Mundo da Canção (MC), projeto editorial

ímpar que, antes e depois do 25 de Abril, foi o espaço de presença de uma “canção diferente”, uma canção de

reinsistência e luta contra o “cançonetismo apodrecido”.

Avelino Tavares nasceu em 1938, em Oliveira de Azeméis, tendo-se mudado para o Porto, onde passou a

infância. Faz os seus estudos em França, conhece a Europa e tem, pela primeira vez, contacto com grandes

nomes da música francesa — Georges Brassens, Serge Reggiani, Léo Ferré, Barbara, … — que, mais tarde,

trará ao Porto, a cidade para onde regressa para tomar conta da Tipografia Aliança, uma empresa familiar,

donde partiu para a música.

É no Porto que acompanha, pelos jornais, o Maio de 1968 e o seu impacto na música que se ouve fora do

Portugal fascista, juntando-se aos que tentam corajosamente trazer para Portugal o eco dessa revolução

cultural. Em dezembro de 1969, lança o primeiro número da revista Mundo da Canção, com o então Padre

Fanhais na capa.

O MC foi a primeira publicação periódica portuguesa a divulgar as canções marcantes do seu tempo. Diluídas

entre canções comercias, a MC deu voz “aos baladeiros”, cantautores como Zeca Afonso, José Mário Branco,

ou Sérgio Godinho. Em março de 1973 a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) invadiu as

instalações da Tipografia Aliança e apreendeu parte dos 30 000 exemplares do n.º 34, que chegaria às bancas

depois do 25 de Abril.

Na década de 1980, o MC alarga a sua atividade à importação e distribuição de discos de músicas

alternativas excluídas dos circuitos comerciais.

Em 1981, Avelino Tavares abre, no centro da cidade, a MC Discoteca, iniciando-se como o produtor de

espetáculos que trouxeram ao Porto nomes imortais como Paco de Lucía, Carlos Paredes, Gal Costa, Astor

Piazzolla, Miles Davis, Pablo Milanés ou Cesária Évora.

Avelino Tavares foi produtor de vários festivais, como o Festival de Jazz do Porto, o Praia Blues, o Intercéltico

do Porto, e tantos mais espalhados pelo País.

Assim, a Assembleia da República manifesta o seu pesar pela morte de Avelino Tavares, divulgador e

programador incontornável na história da cultura e da música portuguesas, dotado de uma capacidade de sonhar

e executar projetos inovadores que rasgaram horizontes e o colocaram na história da divulgação da música em

Portugal, endereçando à família e amigos as suas sentidas condolências.»

O Sr. Presidente: — Vamos votar a parte deliberativa do projeto de voto que acaba de ser lido.

Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.

Peço que me acompanhem num minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Segue-se a votação, na generalidade, do Projeto de Lei n.º 877/XV/1.ª (IL) — Inclui crianças com ambos os

pais a desenvolverem atividade profissional nos critérios de acesso às creches gratuitas.

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