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I SÉRIE — NÚMERO 3

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Quando nos preparamos para celebrar um singular marco histórico, os 50 anos do 25 de Abril, somos todos

convocados a cumprir a vontade do povo português.

Por isso, aqui estamos para vos apresentar o Programa do XXIV Governo Constitucional: um programa de

mudança e esperança, um programa de responsabilidade e ambição, um programa que se inspira no programa

eleitoral mais sufragado, mas que foi buscar ideias a todos os programas eleitorais que obtiveram representação

parlamentar.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Um programa que, após a investidura parlamentar — que esperamos merecer —, queremos executar, com

foco total no interesse nacional e no bem-estar dos portugueses.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o Programa do Governo expressa objetivos, metas e medidas de

política para executar nos próximos quatro anos e meio. Em respeito pelo Parlamento, tentaremos apresentar

essas medidas e esses objetivos sempre que possível perante as Sr.as e os Srs. Deputados.

Assim, quero começar hoje mesmo este procedimento anunciando um conjunto de decisões programadas

no Conselho de Ministros para os próximos dias e semanas.

Em primeiro lugar, aprovaremos na próxima semana uma proposta de lei que altera o artigo 68.º do Código

do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, introduzindo uma descida das taxas de IRS (imposto

sobre o rendimento de pessoas singulares) sobre todos os rendimentos até ao 8.º escalão.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Esta medida vai perfazer uma diminuição global de cerca de 1500 milhões de euros nos impostos sobre os

rendimentos do trabalho dos portugueses face ao ano passado, com um especial enfoque nos rendimentos da

classe média.

Em segundo lugar, lançaremos em breve um programa para colocar o Estado a pagar em 30 dias, no âmbito

do qual será criada, numa primeira fase, uma conta corrente entre a administração tributária e as empresas, que

depois será alargada a toda a administração central.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Em terceiro lugar, no âmbito dos fundos europeus, onde temos taxas de execução baixíssimas — de 0,5 %

no Portugal 2030, apesar de mais de um ano de funcionamento, e de 20 % no PRR (Plano de Recuperação e

Resiliência) em cerca de metade do tempo.

Temos de acelerar fortemente esta excecional oportunidade de melhorar a vida dos portugueses. Nos terceiro

e quarto pedidos de desembolso do PRR apresentados em Bruxelas, as autoridades europeias retiveram 713

milhões de euros por não estarem cumpridas as metas contratadas. Vamos criar as condições para apresentar

o pedido de libertação deste montante nos próximos 60 dias. Também o quinto pagamento, que deveria ter sido

já apresentado, não o foi. Iremos, pois, diligenciar para o fazer nos próximos 90 dias.

No COMPETE 2030, há candidaturas apresentadas desde julho de 2023 que ainda não foram sequer

apreciadas. Já passaram nove meses e, dos mais de 3600 milhões de euros do valor de investimentos

candidatados, apenas estão aprovados 72 milhões de euros. Este registo é naturalmente inaceitável.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Vamos adotar medidas para garantir que, até ao final deste ano, as candidaturas

sejam apreciadas no prazo máximo de 60 dias, como manda a lei e como é razoável.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Por outro lado, vamos reforçar a transparência na aplicação dos fundos. Para além da publicitação nos sites

dos serviços públicos, vamos acrescentar a publicação na imprensa nacional e local. A título de exemplo, quem