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8 DE FEVEREIRO DE 2025

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O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Paulo Núncio (CDS-PP): — … em termos de segurança, em termos de fiabilidade, e mesmo questões jurídicas e constitucionais.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Paulo Núncio (CDS-PP): — Não é por acaso que esta modalidade de voto já foi introduzida nalguns países — como, aliás, já foi referido, designadamente, na Suíça, no Canadá, em França, na Noruega —, para

depois, imediatamente a seguir, ter sido abandonada,…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Paulo Núncio (CDS-PP): — … por não garantir a segurança nos processos eleitorais.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Paulo Núncio (CDS-PP): — Acresce que não podemos esquecer algumas questões de natureza jurídico-constitucional.

A Constituição da República Portuguesa afirma expressamente que, nas eleições presidenciais, o voto no

território nacional tem de ser um voto presencial, o que significa que, se esta modalidade viesse alguma vez a

ser implementada, nunca poderia ser aplicada nestas eleições, nas eleições presidenciais, de uma forma

homogénea e abrangendo todos os eleitores. E esta é também uma matéria que deve merecer a nossa atenção:

numa mesma eleição, haver dois tipos de modalidades de voto para eleger o Presidente da República.

Por isso, nós entendemos que, por um lado, esta iniciativa precisa de ser avaliada cuidadosamente e que,

por outro lado, a sua aplicação deverá ser ponderada apenas no médio prazo e não numas próximas eleições

que possam ocorrer.

Dito isto, e considerando que, de facto, o voto eletrónico levanta um conjunto de questões em termos de

segurança, de autenticidade e de confidencialidade, entendemos que é necessário avaliar medidas para mitigar

estes riscos, e, por outro lado, tendo em conta a experiência internacional, é fundamental que, se avançarmos

neste sentido, aprendamos com os erros que foram cometidos por esses países, no sentido de garantir a

integridade e a fiabilidade deste processo eleitoral.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Marcos Perestrello): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Gilberto Anjos, do Partido Socialista.

O Sr. Gilberto Anjos (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A nossa língua, a língua portuguesa, com mais de 800 anos de história, está presente em todos os continentes, sendo atualmente o idioma oficial de

mais de 270 milhões de pessoas em todo o mundo. A língua portuguesa é, por essa razão, um dos vetores

centrais da nossa política externa.

O ensino de português no estrangeiro tem como objetivo primário e fundamental assegurar aos filhos dos

cidadãos portugueses que se encontram a residir no estrangeiro — a nossa diáspora — o ensino da língua

portuguesa e o acesso à cultura portuguesa.

As políticas dirigidas ao ensino português no estrangeiro são, por isso, absolutamente fundamentais para

que a língua portuguesa continue a ser transmitida também de geração em geração, assegurando a sua

valorização e expansão, e garantindo à nossa diáspora as condições necessárias para que os seus

descendentes possam aceder a ensino de qualidade.

É, por isso, com grande satisfação que tenho a oportunidade de, neste debate, destacar os avanços

significativos no ensino português no estrangeiro durante as governações do Partido Socialista.