8 DE FEVEREIRO DE 2025
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Assim, o Grupo Parlamentar do PSD recomenda ao Governo um conjunto de medidas, que se juntam às
decisões oportunas recentemente tomadas pelo Governo.
Além dos 50 novos funcionários, uma decisão que aplaudimos, recomendamos a criação de novos
consulados ou vice-consulados em locais onde o anterior Governo os extinguiu — estamos a falar de Toulouse,
de Belém do Pará, de Fortaleza, de Recife, de Curitiba e ainda de Porto Alegre. São postos, para nós, essenciais
para regularizar uma eficiente relação direta com as nossas comunidades.
Aplausos do PSD.
Outra medida que recomendamos: alargar o número de espaços do cidadão em postos consulares de áreas
de emigração mais recentes, melhorando assim os serviços disponibilizados. Queremos também que o Governo
alargue o número das permanências consulares.
Todas estas recomendações vão ao encontro daquilo que temos escutado, com toda a atenção, do Conselho
das Comunidades Portuguesas.
Recomendamos também ao Governo a adoção de um plano adicional de formação específica para todos os
funcionários diplomáticos e técnicos. Outra recomendação consiste em novos centros de atendimento consular,
por via telefónica ou eletrónica, para agendamento de atendimentos e acompanhamento em casos de
emergência consular.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, estas recomendações são o espelho perfeito das prioridades do PSD
em matéria de comunidades.
Aos portugueses e luso-descendentes que vivem no estrangeiro e fazem parte da nossa diáspora, podemos
garantir: não estão abandonados. O Governo da AD e os Deputados do PSD acompanham de perto a nossa
diáspora, muita dela dos Açores e também da Madeira, por onde sou eleito. Em coordenação direta com os
respetivos Governos regionais, estamos em sintonia na defesa dos vossos legítimos interesses e preocupações.
Esta é a nossa obrigação, e fazemo-lo com gosto e dedicação.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Marcos Perestrello): — O Sr. Deputado Paulo Neves tem dois pedidos de esclarecimento, como deseja responder?
O Sr. Paulo Neves (PSD): — Em conjunto, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente (Marcos Perestrello): — Muito bem. Então, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Pinto, do Chega, para pedir esclarecimentos.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Paulo Neves, mais uma vez, estamos de acordo com muito daquilo que disse em relação aos nossos emigrantes, mas é importante percebermos duas ou três
coisas, para aportar mais a este debate.
Por exemplo, em relação ao recenseamento dos emigrantes, porque não voltar ao recenseamento
automático, que não existe? É uma coisa que me parece importante que exista, porque os consulados no
estrangeiro raramente funcionam, e vou-lhe dar exemplos. E há a questão da distância, em diversos países, que
obriga os portugueses a perder um dia de trabalho para se deslocarem ao consulado, e essa é uma das coisas
que este Governo pode mudar, e terá certamente de mudar no futuro. Há alguns atendimentos só por email,
depois os emails não são respondidos, passam meses, meses e meses e as coisas não se resolvem, e os
portugueses precisam de resolução.
Depois, Sr. Deputado — não resisto a perguntar-lhe isto —, ouvimos o debitar do Sr. Deputado Rui Tavares,
a querer comparar os emigrantes portugueses com esta bandalheira de imigração que vem a Portugal.
O Sr. Paulo Muacho (L): — Bandalheira é só para vocês!