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18 DE OUTUBRO DE 1989

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cão com as autarquias locais, consubstanciada no Programa da Rede Integrada de Infra-Estruturas Desportivas (RIID).

61 — A necessidade já referida do estabelecimento de uma articulação entre as políticas de educação z formação profissional conduz ao lançamento de alguns programas operacionais neste último domínio, visando fundamentalmente alargar a componente profissionalizante a fornecer aos jovens que ainda não terminaram a sua educação e melhorar a qualificação dos activos já empregados.

As acções a desenvolver são as seguintes:

Dirigido à qualificação, actualização, reciclagem e aperfeiçoamento profissional dos activos e pretendendo responder às exigências actuais do mercado de trabalho, será implementado um programa de formação frofissional para activos que abrangerá cerca de 87 000 activos, dos quais 70000 adultos e 17 000 jovens;

Com o objectivo de facilitar a transição da escola para a vida activa, será fornecida formação em regime de alternância (empresa/centro de formação) a 12 000 jovens entre os 14 e os 25 anos, no quadro de um programa de formação profissional de jovens em alternância/aprendizagem;

Será ainda lançado um programa de formação avançada em novas tecnologias de informação, visando prioritariamente o desenvolvimento de um conjunto de acções de formação a nível superior para formadores e de formação técnico- -profissional e reconversão de quadros médios, destinado a cerca de 11 000 pessoas;

Também a qualificação, a reconversão, a reciclagem ou o aperfeiçoamento dos adultos desempregados de longa duração e dos jovens não inseridos na vida activa serão encaradas através de dois programas de formação profissional, um para adultos desempregados de longa duração (abrangendo cerca de 5000) e outro para a inserção de jovens na vida activa (cerca de 14 000).

62 — No domínio da juventude serão criados os mecanismos que permitirão ao jovem ser uma personalidade actuante, proporcionando-Ihe uma aprendizagem e um vasto leque de informação de modo a que se torne mais apto para as escolhas futuras que vier a assumir.

Tendo em vista este quadro de referência é necessário implementar um conjunto de acções que passarão pelo alargamento do movimento associativo, pelo preenchimento qualitativo dos tempos livres e pela incentivação da mobilidade dos jovens.

Estas acções serão conduzidas no sentido de, susten-tadamente, desenvolverem o interesse dos jovens, a partir das suas próprias estruturas e capacidades, por projectos, onde a componente social e de voluntariado adquira um peso importante, na medida em que é formativa e integradora.

No que respeita ao associativismo, a componente formativa terá um papel relevante, prosseguindo acções no sentido de dotar as associações juvenis com jovens tecnicamente apetrechados nas áreas da gestão e da animação juvenil, ao mesmo tempo que se incentivará, por todos os meios, a expansão da capacidade associativa da juventude. Entre outras acções será de destacar o desen-

volvimento e implementação de novos programas de formação teóricos ou práticos capazes de introduzir uma nova dinâmica ao nível dos quadros associativos, a definição da carreira de animador juvenil e o aproveitamento e recuperação de infra-estruturas desactivadas ou subaproveitadas para núcleos de prática associativa.

Quanto ao aproveitamento dos tempos livres serão desenvolvidos projectos-piloto, destinados a integrar a perspectiva do tempo livre como forma integrante do dia de trabalho efectivo do jovem, em outro tipo de actividades; projectos técnico-científicos de divulgação e implementação de núcleos activos de jovens com o objectivo de procederem à recuperação de materiais do património cultural; programas específicos de inserção social dirigidos a grupos de alto risco.

No que concerne à mobilidade fomentar-se-á o intercâmbio de jovens, interna e externamente; criar-se-á um conjunto de instrumentos e incentivos que passarão pelos aspectos culturais de infra-estruturas e do turismo juvenil; desenvolver-se-á o projecto cartão jovem, aumentando o leque de oportunidades e promover-se-á a sua extensão a novas realidades geográficas e culturais.

Reforço da infra-estrutura económica

63 — Um elemento historicamente importante para a explicação das debilidades da economia portuguesa em matéria de eficiência económica é o baixo nível do stock de capital fixo da nossa estrutura produtiva, e, em particular, no domínio das infra-estruturas básicas de apoio ao desenvolvimento.

Os próximos anos serão decisivos para colmatar esta lacuna, criando, com o apoio dos meios financeiros comunitários que muito especialmente serão disponibilizados para esse fim, as economias externas indispensáveis para o aproveitamento das potencialidades competitivas nacionais, em matéria de acessibilidades (transportes e telecomunicações), ciência e tecnologia, indústria (infra-estruturas tecnológicas e de base), energia e turismo.

64 — No domínio dos transportes prosseguirá a flexibilização e dinamização da oferta de serviços de transporte de pessoas e mercadorias, ao mesmo tempo que será significativamente reforçado o esforço de investimento já em curso nas vias de comunicação.

Trata-se não só de ligar definitivamente o País aos grandes eixos rodoviários e ferroviários europeus, melhorando em simultâneo as infra-estruturas portuárias, mas também de assegurar boas ligações inter e intra-regionais capazes de proporcionar o alargamento dos mercados, o seu abastecimento mais fiável e rápido e a redução dos custos de armazenamento daí resultantes.

A flexibilização e dinamização da oferta de serviços de transporte de pessoas e mercadorias irá decorrer da aprovação e regulamentação da Lei de Bases dos Transportes Terrestres e da execução da política comunitária.

A reconversão dos caminhos de ferro, acentuará a sua gestão comercial em tudo o que não são transportes suburbanos de passageiros.

No tocante ao transporte aéreo irá ser dado um forte impulso, fruto da dinamização induzida pela legislação relativa à liberalização do transporte regular no interior do continente, recentemente aprovado. Por outro lado, serão tomadas decisões quanto à forma de acesso ao transporte aéreo regular entre o continente e as regiões autónomas e ao reajustamento do exclusivo da TAP.