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14 DE OUTUBRO DE 1994

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exposição de motivos (do capítulo i ao capítulo v, inclusive) do projecto de Lei n.°415/VI, que passa a ter a seguinte redacção:

I

Apresentação

A localidade de Campelos, pertencente à freguesia do mesmo nome, concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa, situa-se no extremo norte do concelho, confinando com o concelho da Lourinhã.

Dista 18 km de Torres Vedras e 10 km da Lourinhã, entre as estradas nacionais n.° 8, Torres Vedras-Caldas da Rainha, e n.° 8-2, Torres Vedras-Peniche.

Campelos e os aglomerados urbanos contínuos são divididos entre os dois concelhos, Torres Vedras e Lourinhã, servindo o arruamento de divisão entre os dois municípios.

n

Razões de ordem demográfica

Campelos é a maior aldeia do concelho de Torres Vedras, tanto nos Censos de 1981, como nos de 1991. Não existindo nenhuma vila naquele município, é legítimo que esta povoação aspire a esta classificação, como modo de reconhecimento do seu contínuo desenvolvimento e progresso social.

Entre os Censos populacionais de 1981 e 1991 a freguesia de Campelos foi a segunda com maior cres-. cimento no concelho, 9 %, muito superior à média deste, que foi 3,5 %.

UI

Razões de ordem histórica

Em 1309, na inquirição para divisão dos dízimos das quatro igrejas de Torres Vedras, pelo percurso dos Raçoeiros, estes entram na área da actual freguesia de Campelos, onde surge a Amieira dos Pobres.

Também o rei D. Pedro I mandou construir em 1360 uma ponte, conhecida por Ponte do Rei ou Ponte de D. Pedro, sobre o rio Grande na «fronteira» dos concelhos de Torres Vedras e Lourinhã, junto ao Casal das Quintas, muito próximo de' Campelos.

A freguesia de Campelos era atravessada pela Estrada Real que ligava Lisboa ao Porto, e próximo dela alguns casais existiram: o Casal da Amieira do Caldeira, o Casal do Rossio e o de São Gião. Presume-se que este último terá sido uma albergaria, pois no mapa de Portugal moderno, pelo padre Bautista de Castro, em 1768, São Gião nos roteiros terrestres de Lisboa para Caldas surge como referência — «são duas léguas de Torres ao São Gião» —, nem sequer o Ramalhal surge.

O desaparecimento destes e de outros casais, com os seus residentes a fixarem-se nos principais lugares, levou ao crescimento de Campelos.

Principal localidade, Campelos era um dos mais pequenos casais no início do século xvn, conforme se poderá observar pelos registos de baptismo da Igreja de São Lourenço dos Francos. E sobretudo com a posse plena das terras, a partir de 1851 (na

sequência da extinção das ordens religiosas em Portugal), com a compra efectuada por António Luís do prazo de que já era foreiro do extinto Convento da Graça, que se iniciou o surto de desenvolvimento da localidade.

0 Convento da Graça era possuidor de metade da Quinta do Campello. Gaspar Campello foi o dono desta Quinta, onde se sabe ter construído uma ermida à Nossa Senhora da Paz, tendo pedido ao bispo em 1587 autorização para nela dizer missas. Nesta data não se conhece o nome da Quinta, mais tarde chamava-se Quinta da Senhora da Paz e em 1632 Quinta do Campello. E da Quinta do Campello que nasce Campelos, primeiro como Casal da Quinta do Campello (1652), depois como Casal do Campello, a partir de' 1700, e só nò século xix parece ter alcançado o estatuto de lugar.

Gaspar Campello e esposa foram diversas vezes padrinhos de baptismos ou casamentos, na Igreja de São Lourenço dõs Francos, entre 1585 e 1607, e um seu neto, Gaspar da Cunha, foi também sepultado dentro desta Igreja. Parece, pois, poder atribuir-se a Gaspar Campello a origem da denominação actual dos Campelos. Este senhor foi juiz de fora de Torres Vedras e de outras cidades, juiz de crime de Lisboa e desembargador do rei.

A freguesia de Campelos tem uma área de 24 km2, tendo sido criada em 1945 pelo Decreto-Lei n.°35/183, o qual já tinha como primeiro considerando as «cerca de 1000 pessoas residentes, sensivelmente igual ao número de moradores dos restantes lugares da freguesia de Santa Maria», uma das freguesias da cidade de Torres Vedras.

IV

Equipamentos colectivos cm Campelos

1 —Instalações desportivas e culturais:

'Campo de jogos do Sport Clube União Campe-lense;

Centro de cultura e animação de Campelos; Biblioteca da Junta de Freguesia; Museu Etnográfico do Rancho Folclórico; Escola de Música da Casa do Povo de Campelos;

■■ Sede do Agrupamento de Escuteiros de Campelos;

Sede da banda da Casa do Povo de Campelos.

Sede do Rancho Folclórico Danças e Cantares de Campelos;

Sede do Clube CB Costa de Prata (rádio amador).

2 — Equipamentos sociais:

Centro de dia para idosos;

Centro de apoio à juventude;

Igreja de Santo António;

Igreja do Imaculado Coração de Maria;

Sede da Associação de Socorros de Campelos,

•com quatro ambulâncias; Cemitério; Salão paroquial; Posto de correios; Extensão do centro de saúde;