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II SÉRIE-A — NÚMERO 50 6

Produtividade

Após uma contração de 0,5% da produtividade aparente do fator trabalho em 2014, os primeiros nove meses

de 2015 foram marcados por um aumento deste indicador em 0,3%, o que resulta de um crescimento do

emprego inferior ao registado pelo PIB.

As remunerações por trabalhador caíram 0,7%, particularmente entre os trabalhadores do setor público (-

0,9%, face a -0,2% no privado). No seu conjunto, estes efeitos resultaram numa redução dos custos de trabalho

por unidade produzida (CTUP) de 1% face ao período homólogo, valor que compara com o aumento de 0,7%

nos primeiros nove meses de 2014.

Taxa de inflação de 1,2%

De janeiro a setembro de 2015, o deflator do PIB registou uma taxa de variação média anual de 1,7%, valor

que compara com os 1,1% registados em igual período de 2014. Para esta evolução destaca-se o contributo

positivo dos termos de troca.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) cresceu a um ritmo superior ao verificado nos países

da área do euro Contudo, excluindo o contributo da componente de bens energéticos, o crescimento do IHPC

em Portugal foi inferior em 0,1 p.p. ao registado pelo conjunto dos países da área do euro.

Os contributos positivos advêm dos produtos alimentares, bebidas alcoólicas e tabaco. O contributo dos

serviços permaneceu relativamente estável ao longo de 2015 e as pressões descendentes advêm,

principalmente, da categoria dos energéticos, refletindo a quebra do preço do petróleo e refinados nos mercados

internacionais, mas também dos demais bens industriais.

Balança comercial

De janeiro a setembro de 2015, as exportações e importações a preços constantes de 2011 cresceram de

6% e 8%, respetivamente, em termos médios homólogos (3,4% e 6,8% em igual período de 2014).

Esta evolução refletiu-se num desempenho positivo da balança comercial, que melhorou o seu saldo em

cerca de 428 milhões de euros quando comparado com os primeiros nove meses de 2014, ascendendo a

aproximadamente 1347 milhões de euros (1% e 0,7% do PIB em 2015 e 2014, respetivamente).

Nos primeiros três trimestres de 2015, verificou-se uma melhoria significativa dos termos de troca (+3,2%),

mantendo a tendência traçada desde inícios de 2012. Este comportamento foi visível sobretudo nos termos de

troca dos bens, que por sua vez reflete a forte quebra registada no deflator da importação de bens (-4,9%),

compensado apenas em parte pela diminuição do deflator das exportações de bens (-2%).

O ano de 2015 foi ainda marcado por uma continuada depreciação da taxa de câmbio real efetiva, embora a

um ritmo inferior ao registado na área do euro, o que cria uma pressão positiva para as exportações nacionais.

No mesmo período, a procura externa de bens dirigida à economia portuguesa registou um crescimento

médio de 5,8% (4,2% em igual período de 2014) e a procura externa relevante de serviços terá crescido, em

média, 6,9%, traduzindo uma perda de quota de mercado de 3,3 p.p.